Fala, galera! Tudo certo? Muitas
discussões políticas pelo Facebook? Kkkkk
Bom, hoje o assunto é Risco x Retorno.
Em meu último post falei um pouco sobre médias e retornos esperados e utilizei
um gráfico do livro do Siegel. Muitos partem daquele estudo para tomar suas
decisões de investimentos. Hoje apresento dados do Brasil desde que o plano
Real foi implementado.
No artigo anterior mostrei que se
basear em médias para tomar decisões pode ser arriscado ao ignorar a dispersão
da amostra (desvio padrão, por exemplo). Hoje irei para um outro ponto mais
interessante e mostrar como os dados do mercado brasileiro divergiram bastante
dos dados do mercado americano nos últimos VINTE anos.
O gráfico apresentado por Siegel no
livro Investindo em Ações para o Longo prazo é o seguinte:
Clique para ampliar
O que este gráfico mostra? Bastante
coisa. A primeira de todas e mais importante: a medida que o prazo de
investimento foi maior, a relação entre risco e retorno melhorou. Apesar de
ainda manter o mesmo princípio de “menor risco, menor retorno”, a diminuição no
risco é drástica em comparação ao retorno.
Vejamos agora os dados do caso
brasileiro. Mas antes, a metodologia.
Realizei o estudo considerando os
retornos mensais, de janeiro de 1995 a setembro de 2014. Assim, consegui vários
intervalos de períodos e utilizei para este estudo: 10 anos, 7 anos, 5 anos, 3
anos e 1 ano (respectivamente 120, 84, 60, 36 e 12 meses). Vejamos os dados em
tabela primeiramente:
Período/Ativo
|
Retorno
|
Risco
|
SELIC
- 10 anos
|
17,1%
|
3,5%
|
SELIC
- 7 anos
|
17,0%
|
4,5%
|
SELIC
- 5 anos
|
17,1%
|
5,4%
|
SELIC
- 3 anos
|
17,4%
|
6,3%
|
SELIC
- 1 ano
|
17,9%
|
8,5%
|
IBOV
- 10 anos
|
17,2%
|
3,7%
|
IBOV
- 7 anos
|
15,8%
|
7,4%
|
IBOV
- 5 anos
|
15,8%
|
12,7%
|
IBOV
- 3 anos
|
15,3%
|
16,7%
|
IBOV
- 1 ano
|
20,3%
|
37,3%
|
E agora em gráfico:
Clique para ampliar
A primeira coisa que salta aos olhos é
que os gráficos foram simplesmente o inverso do estudo do Siegel (a renda fixa
apresentou mais retorno e com menor risco!) Ou seja, aqui foi MUITO mais vantajoso
ter se posicionado em renda fixa. Os únicos casos onde a condição normal
ocorreu (maior risco, maior retorno) foram nos períodos de 1 ano e nos períodos
de 10 anos. Inclusive, devido a esta confusão separei estes dois dos gráficos
dos demais para que os resultados pudessem ficar mais legíveis e aplicando a
mesma teoria de Markowitz que Siegel utilizou, os gráficos ficam assim:
Clique para ampliar
Clique para ampliar
Um ponto interessante a se notar é
que, realmente, a volatilidade diminui com o tempo (para ambos os ativos). Eu
já havia falado isso antes neste post.
Comecei o texto dizendo que muitas
pessoas utilizam o argumento do Longo Prazo vencer a renda fixa baseado em
estudos americanos e temos aí dados tupiniquins mostrando que não é bem assim. É
realmente muito complicado brigar com uma renda fixa desse porte. As empresas
têm que ser excelentes!
Outro ponto que nunca podemos
esquecer: o passado não é garantia de futuro. Da mesma maneira que o estudo do
Siegel mostrou dados favoráveis aos investimentos em ações, isso simplesmente
pode mudar. Como e por quê? Não sei. Nenhuma verdade é absoluta no mercado. E
da mesma maneira que aqui no Brasil foi mais interessante ter ficado posicionado
na renda fixa, isso não quer dizer que isto será assim para sempre. Nestas
horas é bom entender da conjuntura econômica e outras coisitas mais para tentar
vislumbrar alguma coisa.
Bom, é isso aí galera!
Abraços!
OBS
– o estudo não envolveu tributação e isso pode fazer bastante diferença, visto
que aqui no Brasil ainda há algumas vantagens tributárias para as ações.
Olá, Márcio.
ResponderExcluirBacana, gostei:)
Porém, o Brasil foi um ponto fora da curva na questão juros. Li umas semanas atrás (sobre taxa segura de retirada) os retornos de vários países emergentes, e o Brasil foi disparado o país com os maiores yields em renda fixa. Provavelmente, isso não deva acontecer novamente.
Porém, taxas altas de renda fixa vão redundar em VPL dos ativos menores e exigências muito grandes para as empresas rentabilizarem os seus PL para valer a pena. O Brasil ainda tem uma das maiores, senão a maior, taxa real do mundo. Portanto, aqui ainda continuará sendo por bom tempo um país onde uma pessoa que simplesmente compra uma LCA/LCI e fica sem fazer nada provavelmente terá muito mais retorno do que muitos investidores.
Abraço!
Fala, soul!
Excluirsim, o Brasil é um país atípico e, por isso mesmo, aqui os investidores precisam ter atenção triplicada!
Não ocorrer novamente? Isso já um exercício de futurologia.... nossa economia é extremamente indexada, a inflação apesar de baixa comparada com a época da hiperinflação, está alta e persistente pros padrões até dos países emergentes; os investimentos estão baixíssimos (o que consegue corrigir isso). Não consigo enxergar, por um bom tempo ainda, juros e inflação persistentemente baixos.
Acabei fazendo após o post, mas em 15 anos a situação se inverte novamente. Ou seja, o Brasil foi o país do timing! rsrs
[]s!
Então, coloquei "provavelmente". Também concordo com os nossos juros altos, tanto que coloquei no texto. Apenas acho improvável que vamos ver nossa taxa de juros em 45% aa novamente. Improvável, não que não possa ocorrer:)
ExcluirAbraço!
Eu vi soul! =)
ExcluirAcho que aquelas taxas absurdas de 45%, na conjuntura econômica atual, não fazem muito sentido.
Mas nada é impossível.....
[]s!
Quando leio textos e comentários do soulsurfer fico pensando se ele mora no mesmo Brasil que eu.
ExcluirO Brasil tem uma péssima infraestrutura logística, dívida pública interna chegando em 60% (Dívida bruta) e a dívida externa que já em 560 bilhões de dólares.
Estado inchado, previdência social quebrada, inflação persistentemente alta e há anos que o governo maquia as contas públicas para poder exibir superávit.
1/3 do orçamento do estado vai para pagar serviços da dívida, que cresce a cada ano.
Não há espaço para cortes no orçamento, que poderia reduzir a dívida, que reduziria o consumo da poupança por parte do governo.
Seria necessário então que país tivesse um crescimento forte por um longo período, o que não acontecerá, não há investimentos, infraestrutura e mão de obras necessários para isso.
Eu não sei de onde parte o otimismo do soulsurfer. Para onde olho no Brasil, só vejo problemas.
Olá, colega!
ExcluirTambém tenho preocupações como você.
A nossa dívida bruta está chegando realmente em 60% do PIB, porém nós temos reservas financeiras na ordem de 380BI, o que faz com que a dívida líquida seja muito menor. Assim, é indubitável que o país está mais forte para eventuais choques. Porém, concordo que a trajetória crescente da dívida bruta e até mesmo da líquida é preocupante.
Não é 1/3 do PIB que vai para pagar juros da dívida, mas sim algo em torno de 5.2%. Talvez esteja confundindo rolagem da dívida com pagamento de juros da dívida.
É verdade, temos pouco espaço fiscal para cortes. Temos contabilidade criativa e as despesas crescem mais do que as receitas. Mau sinal.
Um ponto positivo, é que como o Brasil é muito carente em infra-estrutura, há um espaço enorme para crescimento dos investimentos. Você pode perguntar se isso vai ocorrer, espero que sim. Precisamos apenas melhorar um pouco o ambiente negocial, se isso vai ser feito com a reeleição da Dilma é uma incógnita.
Portanto, moro no Brasil, e concordo com quase tudo que disse.
Porém, apenas não entendi o seu comentário, pois eu não via motivos para a taxa de juros chegar a 45% aa novamente. Pode acontecer, mas é improvável, e foi apenas esse o meu comentário. Não teci elogios à nossa situação atual.
Abraço!
Soulsurfer, se você concorda com quase tudo que o anônimo disse, então existem bons motivos pras taxas subirem fortemente.
ExcluirBom, aí é uma questão de definirmos o que é fortemente.
ExcluirSubir para 14/15%? Isso para mim já seria bem forte, nos colocaria novamente como o país com os maiores juros reais do mundo disparados, e abriria ótimas janelas em FII, ações e Renda Fixa.
Porém, eu não consigo ver esse fortemente com um aumento de 3400 pontos base (o que seria necessário para chegar em 45% aa). Também não vejo esse fortemente a SELIC indo para 20%aa.
Pode ser que ocorra? Claro que pode, apenas acho improvável.
Abraço!
Soulsurfer, como disse um anom mais abaixo: isso aqui é brasil.
ExcluirPega essa tabela abaixo clica no indice inflação e dá um passeio pelos valores das taxas anuais. Em diversos anos a taxa vira de um ano para o outro pra mais em 50% e em alguns 100% ou até mais. As taxas de juros mais ou menos procuram acompanhar.
http://veja.abril.com.br/multimidia/infograficos/economia-brasileira
Vc está se baseando numa visão de brasil dos ultimos 10 anos que foi de relativa "calmaria". Mas fique tranquilo, que mesmo nos inúmeros momentos extremamente críticos da economia no passado o país e a população não entraram em pânico com o caos e desordem dominando as ruas tendo que estocar comida e munição. Todas as segundas-feiras as pessoas acordavam chateadas, resmungavam um pouco e depois entravam nos ônibus e iam trabalhar normalmente. A vida sempre segue.
E detalhe: só porque as taxas de juros estão altas não significa oportunidade pra o isso ou aquilo. Nos anos 80 vc era remunerado 1% ao dia de juros, mas no fim de todo ano vc estava cada mais pobre em dolar: tudo era dolarizado informalmente. A sua de concepção de "maiores taxa de juros reais do mundo" precisa ser alertada que isso só acontece na prática porque os ultimos governos vem bancando a estabilidade do dolar há duas décadas. Até quando der, é claro.
Soulsurfer,
ExcluirDigamos que a presidenta Dilma seja eleita. Vc acha que ela fará ajustes na economia?
Por que eu duvido muito. Vão continuar a inchar o estado, a ampliar programas sociais e a aumentar os déficits. É a cegueira ideológica do partido que está no governo.
Se o PT ganhar a eleição, acredito em inflação crescente, passando de 10% no próximos 4 anos, com arrecadação caindo, dívida explodindo e juros voltando para o patamar acima de 20%.
E o partido estará lá, colocando a culpa nos especuladores estrangeiros, gente branca, de olhos azuis, insensíveis aos problemas sociais.
Olá, colega1
Excluira) Estou tranquilo. O meu único receio é que o povo brasileiro parece estar perdendo a empatia e as relações mais triviais estão se tornando muito violentas e grosseiras. Porém, concordo que o Brasil irá continuar e a vida irá seguir independente do que aconteça;
b) Grato pelo link, bem interessante. Confesso que não sabia que até na década de 20 tivemos inflação elevadíssima, aliás sempre tivermos inflação muito elevada. Eu pensava que isso era um fenômeno mais da década de 60/70 para frente. Grato mais uma vez;
c) Concordo. Segundo economistas, um dos motivos dos nossos juros serem mais altos, e persistirem altos, é a nossa inflação. Porém alta inflação não quer dizer necessariamente que o mercado de dívida irá protegê-lo, vide os juros reais negativos dos títulos argentinos e venezuelanos para os credores internos. Por isso, destaquei juros reais;
d) Juros de 1% ao dia não quer dizer nada se a inflação é de 1%. Pelo contrário, o resultado real líquido é negativo pela existência do imposto inflacionário. Por isso eu sublinhei juros reais positivos.
e) Se o dólar disparar isso vai ter impacto na inflação. Logo, se você consegue retornos reais positivos no mercado de dívida, você relativamente se protege contra a desvalorização cambial, e se pode ter ganhos em dólar (a não ser que haja alguma forma de controle de câmbio, como está acontecendo na Argentina e Venezuela);
f) Taxas de juros reais maiores (e não apenas nominais) significam necessariamente ativos mais descontados, esse é o fundamento principal das finanças. Assim, é possível comprar fluxos (acaso o investidor esteja líquido) por menos. Assim, não concordo com a sua assertiva, com a devida vênia.
g) Manter a estabilidade do dólar hoje, com pequenas mudanças, é muito mais fácil do que na época do FHC, devido às nossas reservas cambiais;
Colega 2
a) Se a Dilma for reeleita e ela quiser dobrar a aposta, pode ser que possamos ver um cenário de deterioração. Aqui estamos no campo das previsões. Pode ser que aconteça, pode ser que não;
b) Voltamos à minha indagação. Juros de 20% são muito diferentes de juros de 45%. Não acho nenhum dos dois muito provável de ocorrer nos próximos anos. Porém, até por uma questão de lógica, juros de 45% aa é muito mais improvável do que juros de 20%, e foi apenas isso que eu disse.
Abraço!
Soul,
Excluirum detalhe: o anônimo comparou os juros ao dólar. Ou seja, vc pode ter tido juros reais até os mais altos do mundo, mas de nada adiantou se o dólar (moeda forte) disparou. Na prática, vc está ficando mais pobre em um ambiente inflacionário (onde o ideal é investir em moeda e forte e não em títulos atrelados à inflação).
[]s!
Márcio, eu entendi perfeitamente.
ExcluirItem "e" da minha resposta. Desvalorização cambial forte leva quase sempre à inflação. Logo, se você consegue retornos reais num ambiente de inflação alta, é possível que se obtenha preservação do seu poder de compra em dólar. Abraço!
Fala, soul! Na verdade ele quis dizer um pouquinho diferente.
Excluir".... Desvalorização cambial forte leva quase sempre à inflação. Logo, MESMO QUE você consiga retornos reais num ambiente de inflação alta, é PROVÁVEL que NÃO se obtenha preservação do seu poder de compra em dólar."
Foi isso que ele quis dizer... não que seja verdadeiro sempre; estamos no campo das probabilidades.... mas a mensagem que fica é que não adianta nada você ficar mais rico (=ter juros reais) na moeda fraca, se você está ficando mais pobre na moeda forte (=perder no câmbio). Aquelas viagens internacionais que você gosta de fazer irão por água abaixo.
[]s!
Claro, Márcio.
ExcluirChega um ponto que a desvalorização da moeda via inflação não vai acompanhar a desvalorização cambial. Não vai ter título público pagando 150.000% aa.
Assim, é possível ter retornos reais na moeda e mesmo assim ter o poder reduzido em dólar. Concordo plenamente.
Porém, uma desvalorização do câmbio em países mais fracos como o nosso costuma estar associado a inflação. Assim, se proteger da inflação é uma forma de se proteger da desvalorização cambial.
A desvalorização pode vir muito mais forte e isso é fato. Porém, se pegarmos os retornos reais do dólar eles são próximos de zero, o que nos faz pensar que os ciclos de valorização e desvalorização de moedas são cíclicos. Temos também que ponderar a própria desvalorização do dólar pela inflação nos EUA.
Ah, as viagens não vão não, só ficar em albergue, cozinhar a sua própria comida, ir para uma ilha com altas ondas na Indonésia, comprar um balde de camarões por cinco dólares e está tudo certo:)
Abraço!
Boa análise! Você faz a comparação com o IBOV, mas o que dá certo mesmo é investir em bons ativos com boas perspectivas, sempre se utilizando da análise fundamentalista para decidir e sempre utilizando a diversificação para se proteger de um erro ou outro de previsão na escolha dos bons ativos. Se comparar talvez a RF com uma boa carteira, talvez no longo prazo a RF seja melhor.
ResponderExcluirNo final escrevi errado, eu queria dizer:" talvez no longo prazo a RV seja melhor".
ExcluirFala, IC,
Excluirexistem alguns estudos que mostram que o problema é saber quais serão tais empresas que continuarão boas. Uma empresa pode ser boa hoje, mas péssima amanhã.
[]s!
Triste realidade!
ResponderExcluirPor isso sempre temos que ter também uma boa parte em renda fixa.
Abs!
Nada é tão simples como aparenta no mercado financeiro.
ExcluirObrigado pela visita!
[]s!
Muito bom DiMarcinho, eu fiz um estudo similar com um período maior 1964~2014, mas sem comparar com a renda fixa, pois não encontrei dados tão antigos da renda fixa por aqui.
ResponderExcluirhttp://investidorinsano.blogspot.com.br/2014/06/retornos-da-bolsa-brasileira-1968-2014-de.html
Como o ganho real da renda fixa caiu, e exercitando um pouco de especulação, é provável que a taxa de juros não repita os valores pornográficos do passado. A situação pra quem investe na bolsa fica ligeiramente melhor, em comparação com o passado, salve todas as ressalvas.
Investidor Insano
Fala, Investidor Insano,
Excluirsim, o "normal" é haver prêmio nos ativos mais arriscados mesmo. O que estes dados q eu levantei mostram é pra mostrar o quão bizarro é o Brasil.
Sobre o seu estudo, vc dolarizou a coisa. Isto muda drasticamente a maneira do investidor se posicionar (ao invés de só comprar ibov)
[]s!
Parabéns pela análise!
ResponderExcluirVlw, Dotô!
Excluir[]s!
Opa Dimarcinho!
ResponderExcluirAnalise bem interessante! Mas fiquei com uma dúvida na metodologia.
Vc usou periodos sequencias e calculou o retorno de todas as combinações possíveis?
Exemplo: pegou de 95 a 2004 e 2005 a 2014 ou todas as combinações de 10 anos (sequenciais) existentes dentre 95 e 2014
Valeu!
Fala, Migrante!
Excluirforam períodos sequenciais de 120 / 84 / 60 / 36 / 12 meses.
De jan/1995 até set/2014 são 237 meses. Assim, para 12 meses, por exemplo, consigo montar 237 - 12 + 1 amostras = 226 pontos.
Seriam:
jan/95 a dez/95
fev/95 a jan/96
mar/95 a fev/96
E por aí vai. O mesmo válido para períodos de 120 meses:
jan/95 a dez/14
fev/95 a jan/14
E, sim, peguei todas as combinações do período. Foram 118 para 120 meses, 154 para 84 meses, 178 para 60 meses, 202 para 36 meses e 226 para 12 meses.
Entendeu ou compliquei mais? rsrs
[]s!
Entendi Dimarcinho!
ExcluirTranquilo.
Só mais uma dúvida. Você calculou a correlação, ou assumiu igual a zero?
Valeu
Abs
Calculei a correlação também! Elas variaram bastante!
Excluir[]s
Só uma pequena dúvida: essa comparação com o ibovespa leva em consideração os proventos que as empresas pagaram no período: dividendos, JCP, aluguéis, etc?
ResponderExcluirSim, o IBOV já inclui isso tudo.
Excluir[]s!
hiperinflação de até 2% ao dia (várias vezes), euforia nas bolsas (71, 85-86, 91,97, 2007), algumas seguidas de crash violento (71, 86, 2008), bear market de mais de uma década (71-82), golpe, planos econômicos, governo que tira/põe incentivo fiscal na bolsa hora que quer, que aumenta/diminui IOF para os estrangeiros a hora que quer, taxas de juros obscenas por vários anos, bolsa com 500 empresas, 500.000 CPFs na bolsa, sendo metade deles ativos, praticamente 0,25% da população aplica somente...
ResponderExcluirPor isso esses estudos de 20 anos pra cá são úteis mas podem ser contrariados a qualquer momento. Se fossem 200 anos, mas 20 é muito pouco... Se fizessem esse mesmo estudo em 1990 chegariam a conclusão de que quem entrasse na bolsa é maluco, dado que o pico de 71 só seria ultrapassado definitivamente em 92...
Aqui é Brasil, tudo pode acontecer.
Fala, anônimo,
Excluirconcordo contigo. E dado o que escreveu em seu segundo parágrafo, estaria vc aceitando a tese de que o timing é importante?
[]s!
Acredito que timing seja importante se fores entrar com um investimento grande, em termos de valor da carteira. Se for fazer aportes mensais, me parece que não vai importar muito. Também tenho analisado essa questão, vejo que a única certeza que há no Brasil é que, depois de uma euforia, com PFs entrando em massa na bolsa, ainda que através de fundos de ações, VAI VIR UMA QUEDA MONSTRO. Foi assim em 71, 85 e 2007. Acho que para o holder, compensa formar uma estratégia de Hedge vendendo futuros em momentos delicados... Como a queda é súbita, dá pra se ter uma ideia mais ou menos de quando ela acabou, momento em que se realizaria o lucro do Hedge e se compraria ações a preço de banana. Lógico que isso não anula efeitos do tipo do bear-market de 70, mas já suaviza as perdas...
ExcluirNão sou muito adepto da ideia de ficar girando patrimônio, vendendo e realizando lucro, pois isso só deixa o governo e a bolsa mais ricos.
Anônimo,
Excluirtalvez vc não tenha percebido, mas a questão é justamente essa: o timing importa, independente se vc está fazendo aportes periódicos ou não....
Mas sim, a ideia de tentar se proteger em momentos mais complicados é bastante válida.
Sobre impostos, é aquilo: vc prefere ter um salário de 1.000 e não pagar impostos ou ganhar 10.000 e pagar 3.000 de impostos?
[]s!
Pelo estudo, bastaria comprar LFT e garantir um retorno maior que o IBOV ao longo dos últimos 20 anos.
ResponderExcluirÉ de se pensar.
Fala, VBI!
ExcluirSim, olhando agora pro passado é fácil vermos qual teria sido a melhor decisão.
Entenda que este estudo não é para mostrar que isso ocorrerá no futuro. É sim para mostrar que, infelizmente, aqui no Brasil ter investidor em ações no longo prazo não foi bom.
[]s!
ps - não foi bom no sentido de que a renda fixa apresentou melhores rendimentos e com menor volatilidade.
Excluir[]s!
Excelente análise Márcio.
ResponderExcluirÉ como o Steve Jobs disse, só dá pra ligar os pontos depois que você toma as decisões. Mal comecei com ações, e já vou analisar a migração para outros investimentos.
Fala, Mequetrefe! rs
ExcluirPois é, o Brasil é um país singular.
[]s!
O que será que sustenta a avidez de pais e mães, filhos e irmãos na viciante busca pelo dinheiro? Não serei hipócrita, também faço parte deste grupo e adoro o barato proporcionado por ele. Durante 5 anos acumulei algum patrimônio, algo que me deixava confortável e fazia acreditar que estava no caminho certo para a indepência financeira, tinha a certeza que dentro de mais uma década poderia oferecer uma vida confortável para todos da família, era uma ótima previsão até o destino alterar as regras do jogo. Acabei perdendo 99,8% de tudo, não falo somente do dinheiro, perdi tempo, viajens, sorrisos, novas amizades, amores possíveis e impossíveis, histórias e experiências singulares, tudo em prol de um futuro seguro e pago com distanciamento, indiferença, ausência e arrependimentos...
ResponderExcluirCONTINUA: www.campodebatalha1.blogspot.com.br
Bom amigo, pra ter perdido 99,8%, alguma besteira muito grande em gestão de patrimônio vc fez....
ExcluirBoa sorte!
[]s
Pra mim a eleição da Dilma enterrou o buy and hold no Brasil, nosso país não quer saber de bolsa pois é coisa de "especulador". Petro, Vale e siderúrgicas destruídas. Só um mago com dons premonitórios tem chance de se dar bem.
ExcluirOlá dimarcinho... Qual seu ponto de vista agora (Junho/2015) sobre este assunto? Estou considerando seriamente em abrir mão da renda variável e ir pro devagar e sempre da renda fixa, creditando meu acumulo de riqueza principalmente aos meus aportes.
ResponderExcluirFala, anônimo,
Excluirrealmente, a renda fixa está altíssima hoje em dia. Extremamente atraente e com muita razão: fica bem difícil pras empresas baterem isso... Títulos pagando 6%+IPCA. Em teoria, 6% de juros reais brutos. Não é qualquer lugar que se acha isso....
[]s!