Acompanhamento Mensal – Novembro de 2014

Fala, pessoal! Vamos a mais um fechamento. Mês de extrema volatilidade nos papéis da Petrobras, que é a minha posição. O resultado disso você confere a seguir.

Apresento primeiramente a carteira e a variação nominal dos papéis, o que não inclui dividendos, bonificações, splits ou grupamentos. Se for o caso, farei uma observação.

Papel	Outubro	Novembro
	31/out	30/nov	Var%
BBAS3	27,64	29,70	7,45%
CGRA4	18,59	18,40	-1,02%
CMIG3	15,01	14,75	-1,73%
CPLE6	34,93	35,27	0,97%
CRIV4	3,29	3,34	1,52%
ETER3	3,47	3,38	-2,59%
NATU3	35,75	35,27	-1,34%
PETR4	15,13	12,84	-15,14%
POMO3	4,24	4,18	-1,42%
TRPN3	11,98	11,30	-5,68%
VALE5	21,58	19,93	-7,65%
XPCM11	86,85	84,00	-3,28%

A única maneira de utilizar uma correta comparação com outros instrumentos financeiros é utilizando o Sistema de Cotas. Através dele é que podemos avaliar a correta variação patrimonial dos ativos.

Data Movimentação	Variação
30-jun-14	2,57%
31-jul-14	3,74%
31-ago-14	6,93%
30-set-14	-9,86%
31-out-14	-2,55%
30-nov-14	-6,95%

Pelo Sistema de Cotas a carteira obteve uma rentabilidade de -6,95%. Por ser uma carteira 100% em renda variável, o índice que utilizo como referência é o IBOV, que este mês obteve rentabilidade de +0,07%.

Comentários:

Como minha carteira possui alta exposição na Petrobras (atualmente em torno de 15%), só a queda de 15% deste papel contribuiu, aproximadamente em -2,25% ao somatório da carteira. Os outros papéis com participações relevantes são Cemig, Eternit, Natura e Vale. Todos apresentaram desempenho ruim no mês, assim sendo, a carteira afundou junto. E olha que fiz dois aportes fortes esse mês e em momentos de baixa. O resultado poderia ter sido ainda pior!

Com este resultado, pela primeira vez o IBOV me venceu no somatório.

Olhando para parte fundamentalista da carteira, uma correlação é importante. As empresas Banco do Brasil, Cemig, Copel, Petrobras são todas estatais. A Vale não o é, mas sofre forte influência, além do mercado de minério não estar passando por um bom momento.

Operacionalmente falando, estas empresas não pioraram nos últimos anos, no entanto os custos subiram e as margens caíram. Ou seja, sim, seu valuation é pra cair, pois a geração de valor para o acionista diminuiu.

Mas o problema de sair de uma posição agora é, acredito eu, sair num fundo. Explico. Petrobras, por exemplo, está dando partida na Refinaria do Nordeste, o que diminuirá a importação de diesel (fala-se da gasolina, mas quem dá o maior impacto no resultado é o diesel). E o pré-sal está crescendo forte a produção, esta semana mais um FPSO entrou em operação (FPSO Cidade de Ilhabela).

O mercado reflete sempre a situação atual aliada às expectativas futuras. Quais as expectativas da Petrobras? Péssimas, entende o mercado. Eu não vejo assim. Com exceção da dívida, que é realmente preocupante, o pré-sal está subindo numa velocidade incrível sua produção. Claro que se o pré-sal der errado, então não vai ter jeito: buraco.

As outras estatais também têm seus motivos e não vou me alongar aqui, mas entendo que todas elas passam por um ponto de inflexão. Ou recupera e bem, ou derrete de vez. E acredito que a situação agora é bem crítica. E além de visualizar cenários razoáveis mesmo com baixo crescimento para essas empresas, também é bom lembrar: “Compre ao som dos trovões, venda ao som dos violinos.”

Abraços a todos!