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sábado, 7 de abril de 2012

Asset Allocation - novo estudo


Fala, galera!
Adquiri recentemente o eBook do HC Investimentos. Pra quem não entende nada do assunto, eu recomendo! A leitura é bem agradável e de linguagem acessível a qualquer pessoa.


A ideia é diversificar seus investimentos com o objetivo de aumentar o retorno e diminuir o risco. Aqui de cara já é algo para prestarmos atenção, afinal de contas, Risco x Retorno caminham lado-a-lado. Quando um aumenta, o outro tende a aumentar...
Bom, meu questionamento foi com o rebalanceamento proposto. Meu exemplo é baseado em uma carteira composta de Renda Fixa e Ações.
Como eu já comentei anteriormente, esse rebalanceamento parece que quase nunca funciona.
Já cansei de fazer simulações aqui e não consigo visualizar o negócio realmente funcionando.
Quando eu digo funcionando, a meu ver, a estratégia deveria bater o mercado de renda fixa e o mercado de ações, simultaneamente.
Antes de qualquer coisa, eu fiz MUITAS simulações. Com diferentes portfólios, perfis (alocação maior em renda fixa, meio a meio, maior em ações), e a tolerância proposta pelo método, que é de 20%.
Na verdade, eu fiz uma macro que simula 100 cenários de uma vez e dá uma estatística do capital final. Mas antes eu estava fazendo “no braço”. Separei cinco simulações, todas com as mesmas condições iniciais para mostrar o que eu quero dizer. Seguem:

Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 4

Figura 5
Bom, como é possível ver nas células C2 a C17, a carteira é composta de 50% em Renda Fixa e 50% em um ativo volátil como ações. Como é tendência natural que as ações subam no longo prazo, fiz uma volatilidade entre -30% e +40% (semestral). A renda fixa está pagando 4,2% semestralmente também. O período utilizado foi de 15 anos (30 semestres).
Repare na figura 1, que o método foi vencedor, mas por uma diferença de apenas 5,5%.
Na figura 2, o método perdeu para as Ações, mas ganhou bem da renda fixa. Mas reparem a forte correlação que há entre a Alocação e as Ações. Quando as ações sobem bem, o método sempre ganha na renda fixa, mas dificilmente ganha das Ações. Na verdade, é de se esperar isso, pois é quase uma “média” entre ambos.
A figura 3 mostra exatamente o porquê deu estar escrevendo esse artigo. Caso o mercado apresente um longo período de alta (como o Ibovespa apresentou de 2002 a 2008), o método perde muito feito para o Mercado de Ações. Obviamente, ganha de longe da Renda Fixa, mas por que utilizar o método e não investir diretamente em ações?
A figura 4 possui um perfil de mercado que no início estava em alta, ficou longo tempo em baixa, mas depois se recuperou bem, mas não o suficiente para bater a renda fixa. A alocação neste caso perdeu para a renda fixa!
E a figura 5 apresenta um mercado acionário em longa recessão, só começando a se recuperar depois de uns 12 anos. Neste caso, a alocação perdeu feio para a renda fixa.
Apesar de na figura 1 o método ter funcionado, nas várias simulações que fiz para essas mesmas condições iniciais, o método só funciona em torno de 3% dos casos!
Caso a probabilidade do método de Alocação vencer é de apenas 3%, não vejo motivo para utilizá-lo.
A ideia da Alocação de Ativos é diminuir a volatilidade e aumentar o retorno. Como foi possível ver nos exemplos, a volatilidade é diminuída, no entanto o retorno não tem garantia alguma de ser maior!
Bom, foram testes apenas, utilizando dados aleatórios, pois como não podemos prever o futuro, é algo interessante para ser testado.
Você deve estar falando: "Mas isso aí é tudo teoria, tem que ver no mercado de verdade."

Sinceramente, não é pra fazer muita diferença, pois as curvas do ativo são bem parecidas com as de quaisquer ações. Mas, como vão reclamar...

Resolvi então testar com dados reais!

Fiz uma análise dos últimos 10 anos e fiz 3 tipos de carteira, com SELIC e IBOV:
Perfil
SELIC
IBOV
Conservador
75%
25%
Moderado
50%
50%
Agressivo
25%
75%
Abaixo, os resultados:

Perfil Conservador

Perfil Moderado

Perfil Agressivo
Bom, para este caso real o método após 10 anos PARECE funcionar. Caso tivesse sido ao final de 2011 teria funcionado. Mas repare bem na curva azul, que é a curva da estratégia de Alocação. Ela fica abaixo do IBOV em praticamente todas as ocasiões! E, como mostrado nos exemplos teóricos anteriormente, ela também perde feio para o IBOV quando ele dispara. Bom, para dar números contei o número de vezes em que o método do Allocation superou a SELIC e o IBOV nestes últimos 10 anos:
Perfil
Allocation Vence
Conservador
20%
Moderado
15%
Agressivo
0%
Ou seja, mesmo utilizando uma carteira conservadora, o Allocation só teria funcionado em 20% dos casos (como são 10 anos, equivale a 4 semestres).
Perceba que à medida que vai aumentando a participação em renda variável o método tende a falhar. Ele supera sempre a renda fixa, mas perde o movimento de alta do IBOV.
Novamente, a volatilidade da carteira foi diminuída, mas o retorno não necessariamente foi maior.
Na verdade, a conclusão é a mesma dos testes. Na grande maioria das vezes, método do rebalanceamento só consegue vencer a renda fixa quando o mercado de ações está forte. E, nesses casos, o método perde feio para as ações. Assim, eu concluo que é melhor investir apenas em ações!
O problema do método reside justamente que quando o mercado acionário entra num forte canal de alta você deve começar a vender, quando na verdade deveria segurar ou comprar mais!
É verdade que o método proposto envolve maior número de ativos e o rebalanceamento neste caso ficaria um pouquinho mais complicado. Quando eu tiver mais tempo, eu tento fazer esse tipo de simulação, mas creio que as conclusões serão as mesmas.
Claro que também depende do tipo de investidor. Uma carteira conservadora conseguiu obter uma boa rentabilidade acima da renda fixa com uma volatilidade bem baixa.

Conclusão final: o método consegue diminuir consideravelmente a volatilidade, mas não necessariamente aumenta o retorno. A teoria do "No pain, no gain" continuará reinando.

E você, o que achou desse artigo e do estudo? Comente!
Abraços!

85 comentários:

  1. Eu acompanho o blog HC e não concordo com aquela estratégia de alocação de ativos muito diversificada.

    Eu já tinha a impressão de que o retorno é muito prejudicado em momentos de alta do mercado e o resultado dessa análise comprovou isso.

    E o pior, se considerar investimento em câmbio (como prega a alocação de ativos) o resultado será ainda pior, pois normalmente o câmbio segue na direção contrária às ações.

    Vou seguir na minha estratégia de investimentos em ações individuais de empresa com bom retorno e bem administradas.

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  2. "Caso o mercado apresente um longo período de alta (como o Ibovespa apresentou de 2002 a 2008), o método perde muito feito para o Mercado de Ações. Obviamente, ganha de longe da Renda Fixa, mas por que utilizar o método e não investir diretamente em ações?"

    Márcio, ninguém tem bola de cristal para saber quando serão os próximos bull or bear markets do mercado de acionário nos próximos 10, 20 ou 30 anos. Logo, não se pode arriscar (toda) a aposentadoria apostando em mercados altistas. Creio que também não se deve apostar em fluxos estáveis de dividendos a fim de se aposentar, daí a necessidade de diversificar.

    Ok, a simulação foi feita com 2 ativos e rebalanceamento entre eles.

    Mas não é isso que a teoria da alocação de ativos prega.

    Diversificar entre 2 ativos não é "diversificação". Onde está também a diversificação intraclasse?

    O próprio Henrique sustenta no livro que a alocação com 2 ativos não é eficiente (veja os gráficos) em termos de índice Sharp. Para ser eficiente ela teria quer ser no mínimo de 4/5 ativos. Com 2 ativos o índice Sharp é de 0,17, com 3 de 0,20 e com 4 de 0,60. Um salto estrondoso de 3 para 4 (200%) do que de 2 para 3 (17,64%). Vide página 189.

    Outra: a estratégia proposta é utilização dos aportes (principalmente nos anos iniciais de acumulação) para fazer o equilíbrio da carteira ao lado do rebalanceamento.

    A simulação não contempla a estratégia APORTES + REBALANCEAMENTO.

    Em suma, ela é simplista demais para querer provar qualquer coisa.

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    1. Anônimo, no final eu comentei sobre o que a diversificação da forma que deve ser utilizada, com mais ativos e coloquei que ainda farei mais simulações.

      E, também farei com aportes mensais.

      Mas, da matemática não dá pra fugir. Muito provavelmente os resultados serão os mesmos...

      Mas a questão não é saber quando estará o bull, bear ou papagaio market.

      O importante é saber avaliar através de análise fundamentalista se os preços das ações estão compatíveis. Tenho certeza absoluta que quem tivesse analisado em meados de 2008 teria percebido que MUITAS ações estavam sobrevalorizadas, assim como ano passado haviam muitas ações subvalorizadas.

      Não dá pra saber o ponto exato de máximo e mínimo, acho que nem bola de cristal dá jeito. Mas que dá pra fazer uma boa avaliação dos próprios ativos, bom, isso dá!

      Grande abraço!

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    2. Então, você acredita em alpha e em bola de cristal, meu caro!

      Abraço!

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    3. Outra coisa que eu acho estranha na tua postura científica é antecipar os resultados da pesquisa: "Muito provavelmente os resultados serão os mesmos..."

      Como assim?

      Coloquei uma informação relevante sobre o aumento brutal do índice Sharp com o aumento do número de ativos (200%) e você diz que os resultados serão OS MESMOS...

      Realmente você tem A bola de cristal para adivinhar o "papagaio" market.

      Abraço e bons trades...

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    4. Anônimo,

      "Como assim?"

      Matemática! O método é baseado em médias, simples assim. Ou seja, só teremos novas médias, em torno das outras curvas... provavelmente, o resultado não vai mudar...

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    5. Ótimo!

      Agora a afirmação passou de "muito provavelmente" para "provavelmente", rsrsrs.

      As certezas estão ficando mais fracas.

      Ao ponto: ainda não conseguiu explicar como o índice Sharp deu um salto de 200%, o que infirma a "certeza" da "matemática" de "novas médias".

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    6. "Índice de Sharp"

      Olhando assim, parece que foi um super índice que foi descoberto, mas já conhecido de qq pessoa que assitiu 3 horas de aula de estatística básica como COEFICIENTE DE VARIAÇÃO.

      Mas, OK. O que mais vejo em Economia são essas super-teorias.

      O índice de Sharp da Carteira aumentou em 200%? Hm, interessante. Isso significa então que teremos maiores retornos com menor risco?

      Quando foi o ganho em relação à renda fixa? E em relação à renda variável?

      Eu não sei, não tenho esses resultados. Os únicos 3 que simulei com dados reais não me disseram nada...

      A propósito, também estou pra escrever um artigo sobre Estatística básica, pois gostaria de saber quem falou que é possível utilizar a fórmula da Distribuição Normal se a volatilidade das ações não segue tal distribuição....

      Abraços.

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    7. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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    8. "Mas repare bem na curva azul, que é a curva da estratégia de Alocação. Ela fica abaixo do IBOV em praticamente todas as ocasiões"

      O problema do Márcio é que ele pegou o período mais bullish de toda história da bolsa brasileira (2002-2008) e vem dizer que o AA "PARECE" não funcionar porque o AA fica abaixo do IBOV na maior parte do tempo. Está de brincadeira, não?

      Pegue as décadas de 70, 80, 90 e faça simulações para ver se isso vai acontecer!

      Um lapso temporal de 10 anos também é muito pequeno para simular um portfólio de crescimento. Lá fora eles fazem com 50 anos!!! Deveria pegar no mínimo 20 anos para simular, tipo: 70 e 80, 80 e 90, 90 e 00 etc.

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  3. Amigos, esse ebook só um resumo fraco (de 300 pags, mas que vc lê em 3 horas), bem simplificado e com várias conceituações copiadas erradas do livro "alocações de ativos em private banking" do ney ottoni brito (prof da ufrj), principalmente no que se refere ao que seja de fato "rebalanceamento".

    De original não tem nada; sem contar que o autor é só um garoto de 23 anos, ainda estudante, com experiencia rasa em mercados financeiros e que só está repetindo tudo que está exposto e "acha" que está certo num fórum de internet:

    http://forum.investidoragressivo.com/viewtopic.php?t=1343%20hourly%200.5

    Dimarcinho, suas simulações estão corretas e não precisa refazer nada; parabéns pelo trabalho de avaliação.

    ps - e "novos aportes", caro colega anônimo, não significam nada em nenhuma estratégia, visto que novos aportes, em tese, deverão respeitar a tal alocação definida, mesmo considerando possíveis rebalanceamentos em caso dos tais "novos cenários". A não ser, é claro, que vc esteja acreditando que novos aportes pra fazer preço médio nas "classes de ativos" que entrem em espiral de queda seja algo inteligente ou minimamente racional.

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    1. Caro anônimo, você ainda não respondeu o que acha do IHB - Índice de Habilidade de Brito, índice bisonho para avaliar a eficiência dos gestores de fundos criado pelo autor do livro.

      Em tempo, simulações com premissas erradas, só levam a conclusões erradas.

      Sem contar que ele escreve mal pra burro (parece aquele senador Heráclito Fortes, que tem uma batata na boca, querendo explicar alguma coisa) e chega às mesmas conclusões do HC, um estudioso de 23 anos que se bobear leu muito mais do que o Brito...

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    2. Deixa eu ver se eu te entendi direito, HC, rs...

      O teu livro foi apresentado em 2012, e o do Ney foi publicado em 2006...

      Mas no caso é o prof. Ney que "chega às mesmas conclusões do HC" ?

      Eitcha....

      Pior que isso foi vc usar como parametro de comparação entre vcs dois a sua tal "muita leitura", rs (os tais 10 livros?)

      Prof. Ney além de titular da ufrj, engenheiro pela Cooppe, consultor do BID, autor de outros livros, também é Phd graduado em Stanford, etc...

      É claro, que vc sabe de tudo isso. Mas tá aí só pra te ajudar na sua "comparação", rs

      E quanto ao IHB, o que vc vê de tão grotesco além de se referir ao reconhecido acadêmico como sendo alguém com "batatas na boca querendo explicar alguma coisa"?

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  4. Cara! Vc deve ter muito tempo livre p ficar brincando com essas simulações, qual a graça de querer provar que todos estão errados?
    Por que não desenvolve sua forma de investir e a segue ao inves de ficar brincando de fazer continhas com estrategia dos outros?

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    1. Não quero desmerecer o trabalho de ninguém, muito pelo contrário. Quero fazer análises críticas.

      Você acredita na Teoria dos Mercados Eficientes? Eu não. No entanto ela é utilizada por todos os bancos de investimentos e tudo mais por aí, mesmo sendo uma teoria inválida.

      O que quero com meu Blog é dar minha opinião que sou contrário a esse tipo de coisa.

      O livro do HC é muito bom. Ele não fala apenas sobre a alocação, aborda outros assuntos, inclusive Finanças Comportamentais. Não estou questionando seu livro, estou questionando a Teoria, que é o utilizada no mundo todo.

      A verdade é que todos tendem a colocar estatística num processo que não é aleatório, mas está ligado aos resultados das empresas e ao cenário macroeconômico.

      []s!

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  5. Pô, anônimo, avaliações e processos críticos como o desenvolvido pelo Dimarcinho são indispensáveis na avaliação de qualquer estratégia, ainda mais uma estratégia que é vendida ao público por 87 contos como a "melhor da melhor do mundo"! Portanto não se trata de brincadeira, mas de algo sério, inclusive!

    Bom cabrito não berra.

    Se críticas, questionamentos e reavaliações não são bem-vindas, então o tal "método original" deveria ter permanecido "secreto" aos olhos do público (pagante...).

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  6. Dimarcinho,

    Parabéns pelo blog. Acho muito louvável vc buscar comprovar por cálculos próprios uma técnica de investimento e invejo o seu conhecimento de macros em Excel.:)

    Porém existe, há décadas, vasta bibliografia sobre alocações de ativos (Asset Allocation) de autores respeitados (Ferry, Gibson, Bernstein, etc) . Existe também uma série de estudos acadêmicos sobre o assunto comprovando a eficácia da alocação de ativos.

    Vc não acha um pouco precipitado a partir dos seus resultados chamar de "falácia" o asset allocation ?

    Acho muito saudável o questionamento que aqui você faz mas seria bom ler mais um ou dois livros sobre o assunto pra ver o que vc está chamando de "falácia".

    Eu recomendaria dois:

    http://www.amazon.com/About-Asset-Allocation-second-Text/dp/B005G418S8/ref=sr_1_2?s=books&ie=UTF8&qid=1333939810&sr=1-2

    http://www.amazon.com/The-Intelligent-Asset-Allocator-Portfolio/dp/0071362363/ref=sr_1_3?s=books&ie=UTF8&qid=1333939877&sr=1-3

    Se, ainda sim, vc continuar confiante nos seus resultados vc deveria procurar uma editora ou alguma universidade e publica-los por que seguramente terá feito importante descoberta.

    Muita hora nesta calma. :)

    Abraço!

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    1. Major,

      meu questionamento é q eu muito vejo sobre como a técnica deve ser conduzida, mas não vejo os exemplos e resultados aplicados na prática, entende?

      Agora, me desculpe sobre o qdo vc comenta sobre autores respeitados. Veja, eu não sou especialista, mas eu vejo resultados. O LCTM tinha DOIS, eu disse DOIS prêmio Nobel de Economia e foi à falência. O próprio Markowitz não aplicava sua teoria a sua própria carteira. Então, isso pra mim não é referência. E esse são alguns dos poucos exemplos.

      Tem muito Economista renomado que insite em aplicar teorias que simplesmente não funcionam e foi justamente essa minha motivação para escrever esse blog. O livro do Nassim Taleb, do Cisne Negro, exemplifica bem isso, só que de uma linguagem que fica difícil pra maioria de ler! rsrsrs

      Na teoria tudo é lindo. Eu quero saber da prática!

      Referência pra mim são resultados, por exemplo, obtidos por Warren Buffet, Peter Lynch, Luis Barsi Filho, Lírio Parisotto, dentre outros.

      Eu realmente não acompanhei todos estes estudos, mas também ainda não vi exemplos concretos.

      Por isso que eu faço as simulações ;)

      Na minha humilde opinião, não dá pra fugir do "No Pain, No Gain".

      Mas não se preocupe, vou dar um jeito de fazer as próximas simulações com mais ativos.

      Grande abraço.

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    2. Ah! Mais um detalhe: "a eficácia" que vc comenta seria ganhar do mercado de renda variável e do mercado de renda fixa?

      Pois é essa eficácia que eu busco.

      []s!

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  7. dimarcinho,

    Vamos de trás para frente:

    Dos dados que tenho fácil dois exemplos um do livro do Gibson o Asset allocation de 1972 a 1998 rende 0,05% a.a menos que o SP500 com um risco menor. Outro do livro do Ferri, que examina um período bem maior, 50 anos. A alocação bate por pouco o SP500 mas sempre com risco menor. Todos com dados reais do mercado, ou seja oriundos da prática.

    Quando falo em eficácia estou pensando em fronteira eficiente (http://www.economatica.com/support/manual/pt_javas/Otimizacao_de_carteiras/Fronteiras_e_restricoes.htm). Melhor relação de ganho e risco. Pelo que vejo vc foca quase que exclusivamente no ganho e despreza o controle de risco.

    Por autores respeitados entenda-se aqueles que sujeitaram suas opiniões ao crivo de acadêmicos e ao mercado editorial e não que colocaram seus resultados em um blog.(sem desmerecer nenhum blog)

    Seguir os passos do Buffet é sem dúvida um caminho, mas ele mesmo diz que os fundos índices (ETFs) são o melhor para a imensa maioria dos investidores.

    Pra concluir, o que mais aborrece as pessoas no Asset Allocation é que este reduz as chances de se ficar rico rapidamente. É um barco que vai lenta e entediantemente sempre na mesma direção. Na direção certa.

    Abraço e continue sim com seus estudos, o debate sempre enriquece. Procure, se possível, ler um pouco mais sobre o objeto da tua pesquisa. "Conheces teu inimigo" (Sun Tzu) :)

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    1. Major,

      repare na conclusão do meu texto: a volatilidade (risco) realmente diminui, mas não necessariamente o retorno aumentou.

      O método prega aumento do retorno e diminuição do risco, o que eu não vejo ocorrer.

      0,05% em CINQUENTA anos? Pra que esse trabalho todo de rebalanceamentos e tudo mais? Não seria mais simples investir diretamente no índice?

      Concordo que o risco é drasticamente menor, mas como eu mostrei acima, se o mercado for bull o método perde feio. E, pior, se o mercado for bear (o que é bem difícil no longo prazo), aí que o método fica horroroso.

      Repetindo: o risco é sim muito menor, mas o retorno não necessariamente é menor.

      E foi isso que eu quis mostrar com artigo. Até vou ler mais sobre o assunto, mas duvido que isso faça diferença.

      Se eu estiver errado em relação a isso, peço que me mostre um gráfico no estilo q eu fiz (Asset Allocation, Renda Fixa, Bolsa, Moeda, Ouro) pra ver qual o resultado.

      Grande abraço!

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    2. Cara, você é muito afobado. Daí os teus decretos condenatórios antecipados.

      Leia de novo a mensagem do Major: são 0,05% AO ANO menos que o SP500 no período de 1972 a 1998, com um risco menor. Não está de bom tamanho?

      Se quiser fazer um trabalho minimamente científico, pelo qual terá todos os louros de colocar por terra a AA, pegue as décadas de 70, 80, 90 e 00 no Brasil e faça simulações de lapsos de 20 e 30 anos para ver se ela vai funcionar ou não (retorno pouco menor que o índice e risco bem menor).

      Não adianta pegar o período mais bullish de toda história da bolsa brasileira (2002-2008) e apontar o dedo dizendo que a AA não funciona porque ela fica abaixo do IBOV na maior parte do tempo.

      Abraços!

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    3. Falha minha, não li o a.a. Mas isso é indiferente à conclusão.

      O método prega DIMINUIÇÃO DO RISCO com AUMENTO DO RETORNO.

      Eu só vejo a diminuição do risco, não vejo aumento do retorno!!!

      Onde o aumento do retorno está?

      Como eu mostrei no texto, em alguns poucos momentos que isso é atingido, ou seja, vai depender meio que da sorte.

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    4. Anônimo,
      pq não se identifica?

      De qualquer maneira, não tenho acessos a esses dados desde a década de 70. Fora que tivemos a hiperinflação no meio do período. Os dados deveriam estar em dólar para fazer algum sentido.

      Caso vc disponibilize os dados, ficarei em feliz em fazer as mesmas simulações.

      []s!

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    5. Pode tentar simular com a rentabilidade anual histórica do IBOV descontada a inflação pelo IPC:

      http://www.ief.com.br/mercadof.htm

      Ou em dólar:

      http://www.bmfbovespa.com.br/indices/ResumoVariacaoAnual.aspx?Indice=IBOVESPA&idioma=pt-br

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    6. Fiz aqui com os dados do IBOV/Dólar, desde jan-2001.

      Retorno Dólar: -6,24%
      Retorno IBOV: 272%

      Carteira 25/75
      Retorno Alocação: 61%

      Carteira 50/50
      Retorno Alocação: 167%

      Carteira 75/25
      Retorno Alocação: 260%

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  8. cheguei agora e estou gostando muito do nível da discussão...

    uma pergunta pra eu entender alguns detalhes técnicos:

    1) o tais desempenhos do asset allocation do livro do major que se igualam ao sp500 em 26 anos e depois em 50 anos é alocação exclusivamente com ações?

    2) e o benchmark pro asset alocation são os índices de bolsas ou a taxa livre de risco?

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  9. Preciso de ajuda, não sei por onde começar.

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  10. Peça ajuda aos universotários!

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  11. Marcinho,

    Seu blog não deixa nada a desejar em relação aos tops da blogosfera, quais sejam: Henrique Carvalho, Fábio Portela e Viver de Renda.


    Abraços,
    Aufredo.

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  12. Amigo, sinto lhe dizer que suas simulação não provam absolutamente nada.

    Alis, prova sim, que a "média" funciona.

    Você cometeu um erro matemático muito báscio aqui:
    "Como é tendência natural que as ações subam no longo prazo, fiz uma volatilidade entre -30% e +40% (semestral). A renda fixa está pagando 4,2% semestralmente também."

    Note que a média da variação da volatilidade é de 10% a.s.
    Enquanto para renda fixa é de 4,2%.

    Então é mais que evidente que você chegaria na conclusão que investir em ações é melhor, bastaria usar a média que chegaria na mesma conclusão.

    Se duvida, faça o teste. Mas use a volatilidade das ações como: -30% e +34,2%

    Mas, contudo, entretando, o questionamento que você levanta é válido. :)

    Se a média de valorização das ações for superior a da renda fixa, diversificar, só diminuiria seus rendimentos.

    Mas a grande questão é: como saber a média real de valorização das ações num mercado tão novo como o Brasileiro?

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    1. Evandro,

      só pra ficar claro: vc está dizendo que o retorno aleatório entre -30% e +40% trará um retorno médio de +10% ?

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    2. Nossa cara, viajei, não tem nada a ver o que eu falei. Foi mal mesmo.

      Mas as duas ultimas frases ainda são válidas, não? No fim das contas o que vale é a média de retorno das ações...

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    3. Evandro,

      essa questão de médias é muito relativa, afinal de contas elas são.... MÉDIAS !!!!!

      A verdade é os preços são reflexos do desempenho das empresas. Simples assim.

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  13. Amigo,

    Isso não é nada básico. Você está usando o TLC - teorema do limite central.

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  14. Dimarcim,
    Qual a distribuição você usou para simular variações da volatilidade?

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  15. Fala cara tudo bem?
    Achei seu blog muito bom, voce tem um email para contato??

    Abraços.

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  16. Dimarcinho,

    Fiz um estudo interessante que demonstra os perigos de um investimento 100% em ações.

    METODOLOGIA:
    Para a renda variável utilizei uma variação anual entre -30 e 40% (fórmula ALEATÓRIOENTRE do Excel). Utilizei um período de 30 anos e fiz o teste 16.383 (dezesseis mil trezentas e oitenta e três vezes) vezes. Com os valores dos 16.383 testes, fiz a simulação ano a ano de cada uma dessas carteiras para saber qual seria o patrimônio ao final dos 30 anos, ou seja, verificar se foram ou não vencedoras.
    Para a renda fixa utilizei um rendimento constante de 4% ao ano.

    RESULTADOS PARA A RENDA FIXA
    Para a renda fixa o resultado foi mais simples, pois o rendimento constante de 4% ao ano gerou um acúmulo de 324,33% ao final de 30 anos. Nenhuma novidade.

    RESULTADOS PARA A RENDA VARIÁVEL
    Já para a renda variável os resultados são bem interessantes, vejam as estatísticas:
    Apenas 39,25% das carteiras (6.431) superaram o retorno da renda fixa (de 4% ao ano).
    Enquanto isso, 21,57% das carteiras (3.535) tiveram rendimento menor que o valor investido.
    Por outro lado, 0,21% das carteiras (35) conseguiram rendimento superior a 5.000% (SORTUDOS!!!).
    Mas é melhor não abusar da sorte, pois 7,63% das carteiras (1.251) tiveram como retorno do investimento menos de 50% do seu patrimônio (AZARADOS!!!).
    Pior, 0,24% das carteiras (40) tiveram como retorno menos de 10% do seu patrimônio (MUITO AZARADOS!!!).

    CONCLUSÃO
    Quem sou eu para concluir ou aconselhar alguma coisa.

    Breno Medeiros

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  17. Estou estudando esse post ainda Di marcinho, parabéns pelo estudo ainda sim.

    Estou lhe adicionando ao meu blog roll agora com sua nova casa, gostaria de trocar o meu aqui no seu também?

    Forte abraço!

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    1. Vou adicionar sim, ainda não tive tempo, tenho um monte pra adicionar! rsrs

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  18. Li seu post.

    É, a discussão está ótima e eu continuo lendo aqui. O risco de 100% em ações borra todo mundo nas calças. Mas não tenho medo e vejam que o retorno é realmente show de bola.

    renda fixa é uma bosta mesmo.

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  19. NOVO ESTUDO

    No primeiro estudo utilizei uma variação anual para a renda variável entre -30 e 40% para poder haver uma comparação entre as minhas informações e da de Dimarcinho.

    Entretanto, não considero esses valores uma realidade para o mercado acionário, por isso, dessa vez utilizarei uma variação entre -80 e 120%. O que parece ser até mais generoso em relação ao ganho médio das ações.

    Em relação à renda fixa continuarei utilizando 4% ao ano, pois considero um valor possível de se obter desconsiderando, inclusive, a inflação.

    Continuarei simulando um período de 30 anos e acompanhando o resultado de 16.383 carteiras. Talvez não tenha ficado claro no meu primeiro estudo, mas estou utilizando para os cálculos apenas um aporte inicial.

    RESULTADOS PARA A RENDA FIXA
    Não houve alteração metodológica para a análise da renda fixa, portanto, o resultado foi o mesmo: 324,33% no período de 30 anos.

    RESULTADOS PARA A RENDA VARIÁVEL
    Para a renda variável, mesmo eu tendo aumentado em muito o rendimento médio, verifica-se que a maioria das carteiras continua saindo derrotada. Vejamos os resultados pelas estatísticas:

    53,78% das carteiras (8.811) não superaram o retorno da renda fixa (de 4% ao ano). Observem que o retorno da renda fixa é ultraconservador.

    40,08% das carteiras (6.567) obtiveram um resultado percentual abaixo do patrimônio inicial.

    32,15% das carteiras (5.268) obtiveram um retorno de menos de 50% do patrimônio inicial.

    CONCLUSÃO
    Não deixo uma conclusão, mas uma observação.

    Foi simulado um período de 30 anos e a análise demonstrou que a maioria das carteiras não consegue bater a renda fixa. isso se deve à grande volatilidade do mercado acionário. No estudo foram simuladas 16.383 carteiras, mas na vida real talvez não tenhamos uma segunda chance.

    Breno Medeiros

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  20. TERCEIRO ESTUDO

    Até agora, considerando a metodologia adotada, os meus estudos mostraram que um investimento concentrado 100% em ações pode deixar a pessoa milionária, entretanto, a probabilidade maior é que não se consiga bater nem mesmo a renda fixa.

    Apresento este terceiro estudo para provar que caso haja um rebalanceamento anual, independentemente de como estiver a carteira, os dados melhoram e muito.

    METODOLOGIA
    Utilizando exatamente os mesmos dados das carteiras da renda variável do segundo estudo vou definir um balanceamento 50% renda fixa (rendendo 4% ao ano) e 50% renda variável (fórmula ALEATÓRIOENTRE do Excel). Dessa forma, cada carteira vai render anualmente 2% ao ano (metade da renda fixa) mais a metade do valor gerado aleatoriamente pelo Excel.

    Assim como no segundo estudo foram utilizados: variação entre -80 e 120%; um período de 30 anos; 16.383 carteiras; e apenas um aporte inicial.

    RESULTADOS
    78,17% das carteiras (12.807) superaram o retorno da renda fixa (de 4% ao ano).

    5,94% das carteiras (974) obtiveram um resultado percentual abaixo do patrimônio inicial.

    CONCLUSÃO
    Comparadas exatamente às mesmas carteiras do segundo estudo, observa-se que das carteiras alocadas 100% em ações apenas 46,21% (7.572 carteiras) conseguiram retorno superior à renda fixa, enquanto das carteiras balanceadas 78,17% (12.807 carteiras) conseguiram um retorno superior.

    Mas o dado que mais impressiona é o das carteiras que terminam os 30 anos com o percentual abaixo do patrimônio inicial: 40,08% (6.567) das carteiras alocadas 100% em ações e 5,94% (974) das carteiras balanceadas.

    A melhora no resultado para as carteiras balanceadas foi possível devido à menor volatilidade anual, que geraram retornos menores, porém, constantes.

    Mas eu não poderia deixar de falar alguma vantagem da alocação 100% em ações. O rendimento médio ao final de 30 anos dessas carteiras foi 8 vezes maior que o das carteiras balanceadas. O problema é que apenas 7,36% das carteiras conseguiram um rendimento igual ou superior à média. Aí voltamos à questão: vale à pena correr o risco de investir 100% do seu patrimônio em ações sabendo que menos da metade das carteiras vai conseguir superar a renda fixa?

    LIMITAÇÕES METODOLÓGICAS DA PESQUISA
    Não pude utilizar um rebalanceamento mensal, pois os dados das variações são anuais. Por causa disso, cabe a sugestão de um estudo que leve em conta um rebalanceamento que corrija os desvios na alocação, levando em conta algum percentual e que possa ser efetivado em qualquer mês e não apenas anualmente. Talvez o resultado possa ser melhorado ainda mais.

    Breno Medeiros

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  21. Breno,

    o seu estudo foi idêntico ao meu, mas vc está olhando os dados diretamente. E as relações entre eles?

    Em quantas das vezes que a alocação superou a Renda Fixa E o Mercado de Ações ao mesmo tempo?

    Nos meus estudos eu encontrei em torno de 3% das carteiras.

    O que ocorre: como a Alocação é, a grosso modo, uma média entre a Renda Fixa e a Renda Variável é de se esperar que ela fique sempre no meio do caminho entre elas.

    Se a renda variável superar a renda fixa, então a alocação também o fará.

    Se a renda variável perder para a renda fixa, então a alocação também perderá.

    E isso é o que realmente ocorre.

    Por exemplo, você mencionou que 53,78% não superaram a renda fixa, correto?

    Então 47,22% superaram, correto?

    Ou seja, dos 78,17% qdo vc fez o estudo 50/50, podemos afirmar que 47,22% foram contribuição da Renda Variável.

    Assim, dá pra concluir que a Alocação funciona dependendo muito mais da Renda Variável do que do método em si.

    Eu já fiz o rebalanceamento mensal, os resultados são os mesmos.

    Ao meu ver o rebalanceamento que conclui "Assim você sempre compra na baixa e vende na alta" é sim uma falácia, pois simplesmente não funciona!

    Num mercado bullish a surra é gigante.

    Agora, mais ainda: estamos realizando estudos aleatórios.

    No mercado real, um bom investidor, estuda ações de boas empresas e investe nelas. E, no longo prazo, elas tem uma tendência natural a se valorizarem, como todos sabemos, afinal de contas, 30 anos sem ser reconhecida não existe, correto?

    Ou seja, um investidor de verdade irá ter bons retornos no mercado acionário.

    E, como os estudos mostram, a Alocação e método do rebalanceamento possuem uma probabilidade muito maior de DIMINUIR a rentabilidade que seria obtida na Renda Variável do que aumentá-la.

    Que bom que você pôde chegar aos meus resultados que os meus.

    A questão é saber interpretar os dados.

    Grande abraço

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  22. Dimarcinho,

    O método da Alocação de Ativos nunca pretendeu “ganhar” da renda fixa e do mercado de ações ao mesmo tempo. Veja o que o próprio Henrique Carvalho escreveu em seu e-book:

    “Ao praticar a diversificação e a alocação de ativos você nunca terá o melhor retorno e risco. Nunca...” (página 245)
    [...]

    “Você deve focar na alocação de ativos de sua carteira de investimentos e suas metas financeiras. Conhecer seu perfil de risco e saber dos benefícios da ampla diversificação o colocará no caminho certo para acumular e preservar riqueza no longo prazo.” (página 245)

    Em relação aos estudos, sinto dizer, mas o meu trabalho está muito mais completo que o seu.

    Observe que eu fui extremamente conservador com a renda fixa e muito mais generoso com a renda variável. Mesmo assim, a análise do terceiro estudo com 16.383 carteiras demonstrou que a sua maioria não consegue sequer ganhar da renda fixa no período de 30 anos. A grosso modo, significaria você apostar na sorte ou “achar” que conhece todas as ações e sabe o momento certo de comprar e vender.

    Você está sendo muito simplista ao dizer que a Alocação de Ativo faz somente uma média dos ganhos. Veja bem Dimarcinho, demonstro que 78,17% das carteiras balanceadas apresentaram um retorno superior à renda fixa e que as carteiras derrotadas, ainda assim, obtiveram um retorno superior ao investimento 100% em ações.

    O risco a ser controlado é o do investimento em ações e é isso que a Alocação de Ativos propõe para o estudo que fiz. Na hora que fazemos um balanceamento e rebalanceamentos periódicos estamos deixando de correr o risco de uma enorme perda em um curto espaço de tempo. É lógico que isso significa menores somas percentuais. Mas o que está em jogo é acumular e preservar a riqueza.

    O meu próprio estudo revela que o rendimento médio das carteiras alocadas 100% em ações é oito vezes maior que as carteiras balanceadas. Ocorre que apenas 7,36% das carteiras conseguem um rendimento igual ou superior à média. Caso você queira apostar, a probabilidade de ganhar existe e os ganhos são enormes. Muita gente entra no mercado de ações achando que conseguirá o retorno desses 7,36% (carteiras extremamente vitoriosas), mas a verdade é que se o risco não for controlado a probabilidade maior é de prejuízo.

    Por isso volto a dizer: a Alocação de Ativos não promete maior retorno e risco menor, como você está dizendo em seu blog... Na verdade isso pode até acontecer em alguns períodos, como demonstrado no e-book de Henrique Carvalho. O que a Alocação de Ativos apregoa é a diversificação dentro das diversas classes de investimento.

    Não acredito quando você fala: “um investidor de verdade irá ter bons retornos no mercado acionário”. Todo investidor é de verdade... a diferença é que alguns são mais arrogantes, outros menos, alguns mais desinformados e outros mais interessados em continuar aprendendo sempre.

    Por tudo exposto, concluo que não cheguei aos mesmos resultados que os seus e que estou sabendo interpretar perfeitamente os dados.

    Contudo, desejo boa sorte com os seus riscos.

    Breno Medeiros

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  23. Breno,

    Seu método foi apenas supor uma carteira inicial e deixar ela ir sozinha, o que NÃO é pregado na Alocação de Ativos, o qual prega o rebalanceamento, este sim, objeto do meu artigo.
    Mas, olhemos novamente os números do seu estudo.

    Você disse que fazendo uma carteira 50/50 conseguiu 78,17% acima da Renda Fixa.

    Desses 78,17%, a parte relativa à Renda Variável superou a Renda Fixa em qtos % dos casos?

    E a Alocação, ficou acima da Renda Variável em qts % também?

    No aguardo.

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    Respostas
    1. Dimarcinho,

      Diga o seu e-mail que amanhã eu passo os arquivos referentes aos três estudos.

      Agora tem que ser um e-mail que suporte arquivos de mais de 20 MB.

      Por isso, também, terei que enviar três e-mails para que fique menos pesado.

      Espero resposta.

      Breno Medeiros

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    2. Breno,

      vc não tem como disponibilizar os arquivos no Rapid Share?

      []s!

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  24. Dimarcinho,

    Se você prestar mais atenção ao TERCEIRO ESTUDO vai ver que está havendo um rebalanceamento anual.

    O objetivo não é ganhar da renda variável, mas não permitir que a estatística demonstrada se concretize, onde mais da metade das carteiras alocadas 100% em ações sairá derrotada.

    Não critico quem investe somente em ações. Cada um sabe o risco que está disposto a correr.

    Também aproveito para parabenizar pelo nível da discussão, pois se não fossem as suas provocações (no bom sentido) esses estudos não teriam sido feitos por mim.

    Abraço!

    Breno Medeiros

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    Respostas
    1. Verdade, Breno! No terceiro estudo vc fez o balanceamento!

      Minha ideia com blog é discutir, no bom sentido, sobre esse tipo de coisa mesmo.

      Creio que você deve ter reparado que muito provavelmente o método só dá certo quando a Renda Variável vai bem.

      Foi isso que eu quis mostrar.

      A volatilidade é drasticamente diminuída, no entanto o retorno também acaba sendo na grande maioria das vezes.

      Grande abraço!

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    2. Dimarcinho,

      Não concordo com essa sua conclusão.

      MERCADO EXTREMAMENTE ALTISTA
      Se o mercado de ações for extremamente altista, a carteira balanceada não ganhará da carteira alocada 100% em ações, mas terá excelentes resultados acima da renda fixa (investidor como o foco em ganhar muito dinheiro e não ganhar do mercado).

      MERCADO EXTREMAMENTE BAIXISTA
      Se o mercado de ações for extremamente baixista você terá um baita prejuízo com a carteira alocada 100% em ações, mas poderá continuar com resultados satisfatórios com a carteira balanceada.

      O meu estudo revela que das carteiras alocadas 100% em ações apenas 46,21% (7.572 carteiras) conseguiram retorno superior à renda fixa, enquanto das carteiras balanceadas 78,17% (12.807 carteiras) conseguiram um retorno superior.

      Observe que mesmo para as carteiras balanceadas, ainda que bem menor, existe o risco do retorno ser inferior à renda fixa. Agora, todas essas carteiras balanceadas que obtiveram retorno inferior à renda fixa, ainda assim, ganharam das carteiras alocadas 100% em ações. Nesse caso, as carteiras balanceadas ganharam todas as vezes.

      Breno Medeiros

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    3. Breno,

      eu não vi nada de satisfatório num mercado extremamente baixista.

      Vou repetir as duas perguntas que fiz anteriormente:

      Desses 78,17%, a parte relativa à Renda Variável superou a Renda Fixa em qtos % dos casos?

      E a Alocação, ficou acima da Renda Variável em qts % também?

      Aguardo.

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    4. Dimarcinho,

      Você não acha satisfatório saber que se o mercado for baixista, em todos os casos a carteira balanceada vai ganhar da carteira alocada 100% em ações? Isso é curioso, pois o seu prejuízo seria muito menor.

      Eu não calculei o número de carteiras que você quer saber, por isso eu não posso te responder... envolveria novas fórmulas no Excel e são 16.383 carteiras. Se você quer tanto saber, me passe o teu e-mail que eu envio. Você havia perguntado antes se eu não poderia disponibilizar através do Rapid Share e eu confesso que não faço idéia de como funciona. Por e-mail é bem mais simples. Arredondando, o primeiro estudo tem 21 MB, o segundo estudo 22 MB e o terceiro estudo tem 26 MB, por isso o e-mail tem que suportar esses arquivos.

      Qualquer coisa, cria uma conta no gmail e me diz qual é o e-mail que eu te envio os três arquivos.

      Breno Medeiros

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  25. Breno,

    Uma pergunta de leigo que quer muito comprar esse ebook:

    O método da Alocação de Ativos nunca pretendeu “ganhar” da renda fixa e do mercado de ações ao mesmo tempo. Veja o que o próprio Henrique Carvalho escreveu em seu e-book:

    “Ao praticar a diversificação e a alocação de ativos você nunca terá o melhor retorno e risco. Nunca...” (página 245)
    [...]

    ****

    Veja bem: se o autor afirma que com a alocação eu NUNCA terei o melhor retorno e risco... Isso não é asustador?

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    Respostas
    1. Primeiro em relação ao e-book:
      Se você não tiver nenhum conhecimento sobre Alocação de Ativos aconselho a "vasculhar" o site HC Investimentos. Depois disso, se realmente continuar com interesse no e-book você compra. Digo isso porque o livro é bem interessante, mas não é fundamental. Eu, por exemplo, tive interesse em comprar porque queria ter um material mais sistematizado e que pudesse apresentar a mais pessoas. Após comprar vi que traz gráficos interessantes e uma ou outra novidade em relação ao site. Mas a decisão de comprar é de cada um... eu não me arrependi.

      Agora em relação a nunca ter o melhor retorno e risco ser assustador:
      Veja bem, pensando financeiramente, qual seria o seu objetivo em investir? Eu poderia responder: ganhar muito dinheiro no longo prazo ou ser rico daqui a 20 anos, por exemplo.

      O que eu quero dizer com isso é que, independentemente da resposta, você não precisa ter como foco principal ganhar do mercado de ações. Por exemplo: digamos que nos próximos 20 anos o mercado de ações tivesse obtido um ganho médio anual de 25% e você investindo pouco mais de R$ 1.500 todo mês obtivesse um retorno médio anual de 15%. Após esse período você teria acumulado mais de R$ 2 milhões de reais sem ter chegado nem perto de “vencer” o mercado.

      O interessante da Alocação de Ativos é que existe a possibilidade de você até bater o mercado, mas isso não é o fundamental. O que importa é que você reduz muito os riscos de prejuízos.

      Observe a conclusão do terceiro estudo, onde quem investe 100% em ações no período de 30 anos, seguindo a metodologia da pesquisa, tem apenas 46,21% de chance de obter um retorno superior à renda fixa. Isso sim é assustador.

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    2. Esqueci de assinar: Breno Medeiros

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  26. Breno,

    Muito gentil da sua parte uma reposta tão detalhada.

    Bem, tentarei ser mais claro quando eu disse ser "assustador" o que autor propõe com a alocação:

    Veja que em tese, em RV nós temos a possibilidade do MELHOR retorno, mas com um PIOR risco. E já na RF nós temos um PIOR retorno, mas com a possibilidade do MELHOR risco (taxa livre de risco).

    Sendo assim quando ele propõe que através da alocação NUNCA teremos o melhor retorno e risco, então deduzo que essa estratégia talvez nos coloque mais próximos do PIOR retorno e do PIOR risco.

    Outra coisa, que talvez vc possa me ajudar a entender melhor e que vc escreveu:

    "Por exemplo: digamos que nos próximos 20 anos o mercado de ações tivesse obtido um ganho médio anual de 25% e você investindo pouco mais de R$ 1.500 todo mês obtivesse um retorno médio anual de 15%."

    Pelo o que eu entendi na alocação o meu capital nunca estaria 100% em RV, portanto, parte estaria em RF, estou certo?

    Sendo assim numa hipotética alocação 50% RF rendendo 8% ao ano e 50% RV, acho que eu só conseguiria atingir 15% ao ano, se realmente a alocação 50% em RV atingir os quase 25% anuais proposto por vc (22% pra ser mais exato).

    Ou seja, apesar de vc reduzir o seu risco pela metade (mas sem eliminá-lo) alocando somente 50% em RV, em contrapartidade, pra atingir o seu objetivo de 15% no conjunto, vc tb tem que manter uma "expectativa" tão generosa dos retornos futuros em RV na mesma proporção (igual) de quem está com 100% do capital alocado em RV entre 22% a 25% :((1,08+1,22)/2)

    Será que sem querer eu descobri algo em comum entre vc e Dimarcinho?

    Breno, vc é estudante da área de finanças (economia / administração) ou já é um profissional do mercado?

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  27. Vamos por partes

    Primeiro você diz: “Sendo assim quando ele propõe que através da alocação NUNCA teremos o melhor retorno e risco, então deduzo que essa estratégia talvez nos coloque mais próximos do PIOR retorno e do PIOR risco.”

    Eu poderia dizer que através da Alocação de Ativos você poderia ter um retorno possivelmente menor (não necessariamente menor, muito menos PIOR como você diz), mas o risco, sim, é consideravelmente menor (não PIOR).

    Perceba o risco de insucesso de um investimento 100% em ações em 30 anos (53,78% de chances de perder para a renda fixa).

    Depois você falou: “Sendo assim numa hipotética alocação 50% RF rendendo 8% ao ano e 50% RV, acho que eu só conseguiria atingir 15% ao ano, se realmente a alocação 50% em RV atingir os quase 25% anuais proposto por vc (22% pra ser mais exato).”

    Na verdade, eu estava demonstrando o perfil de um investidor defensivo, que investiria em torno de 30% em ações. Não fiz cálculos, foram apenas suposições. O objetivo era simplesmente demonstrar que não precisamos ficar bitolados em “vencer” o mercado. Caso queira dados estatísticos, leia com mais atenção os três estudos que fiz.

    Lendo os meus estudos você vai perceber que o risco a ser controlado é o risco do mercado de ações. Para mim, o método da Alocação de Ativos tem por objetivo reduzir o risco do mercado acionário e possibilitar bons retornos acima da renda fixa. Perceba que 78,17% das carteiras balanceadas apresentaram um retorno superior à renda fixa e que todas as carteiras derrotadas, ainda assim, obtiveram um retorno superior ao investimento 100% em ações.

    Vou dar maior ênfase: todas as carteiras balanceadas que não conseguiram um retorno superior à renda fixa, ainda assim, ganharam das carteiras que estavam alocadas 100% em ações. Dessa forma, conclui-se que mesmo as carteiras balanceadas derrotadas pela renda fixa (que assumiu esse risco) venceram o mercado de ações.

    Em qualquer tipo de investimento, o risco sempre vai existir, mesmo que não seja um risco financeiro. Entretanto, financeiramente, eu acredito em objetivos do tipo: ganhar bastante dinheiro no longo prazo (a partir de 15 ou 20 anos), ser independente ou obter uma boa aposentadoria. Isso é perfeitamente viável com a Alocação de Ativos.

    Agora se o seu objetivo for “ganhar” do mercado, tem que estar disposto aos riscos e às conseqüências de não conseguir superar nem a renda fixa.

    As informações já foram postas, de acordo com a metodologia do meu terceiro estudo, o rendimento médio das carteiras alocadas 100% em ações é 8 vezes maior que o das carteiras balanceadas, agora você terá apenas 7,36% de chance de conseguir ao longo de 30 anos. Caso opte por esse caminho, eu desejo boa sorte, foi o risco que você escolheu.

    Não cabe a gente ficar discutindo qual a estratégia que cada um vai traçar.

    Breno Medeiros

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    1. Breno,

      assim como no seu e no meu estudo, foram utilizados as funções Random() do Excel para gerar os números.

      Essa função gera números que seguem uma distribuição bem próxima da Normal.

      Ocorre que o mercado real NÃO SEGUE A DISTRIBUIÇÃO NORMAL.

      Você não pode afirmar que terá apenas 7,36% de superar o mercado real, pois as simulações não conseguem simular o mercado real.

      Meu estudo foi em relação à metodologia.

      Eu vejo o Asset vencendo a renda fixa por pouca diferença.

      Quando a diferença é maior, é sempre devido ao forte mercado altista, como eu coloquei no 1º artigo que eu fiz.

      Já preparei um novo estudo, com 4 ativos reais (Ibov, CDI, Dólar, Ouro) e apesar de só ter analisado rapidamente, me parece que as conclusões serão todas idênticas.

      []s!

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  28. Dimarcinho,

    Você está falando das fórmulas do meu estudo, mas não chegou nem a ver.

    A distribuição do meu estudo é totalmente aleatória. Eu não utilizei macros do Excel, mas a fórmula “ALEATÓRIOENTRE” para cada um dos valores gerados, ano a ano de cada carteira durante os 30 anos, ou seja, foram 491.490 (quatrocentos e noventa e um mil, quatrocentos e noventa) resultados totalmente aleatórios. Após os valores formados eu copiei e colei apenas os valores dessas 491.490 células para que o arquivo não ficasse ainda mais pesado ou inconstante.

    Você está subestimando o risco de se investir 100% em ações. Meus estudos comprovaram que o balanceamento e um rebalanceamento simples diminui muito o risco. E olhe que eu fui bastante conservador com a renda fixa, generoso com a renda variável e o rebalanceamento ainda poderia ser melhorado.

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    1. Breno,

      se vc utilizou a função ALEATÓRIOENTRE do Excel, muito provavelmente seus dados estão seguindo uma distribuição normal.

      Deve ser algo em torno de média 20%aa e desvio padrão entre 26-33%aa

      Pode verificar!

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    2. Dimarcinho,

      Não se trata de uma distribuição normal.

      O pensamento “comum” acredita que uma variação anual entre -80 e 120% (utilizada no segundo e no terceiro estudo) vai gerar um retorno médio de 20% ao ano durante o período analisado. Quem acredita nisso, faz os seguintes cálculos: primeiro realiza uma média simples de todos os cenários propostos, depois faz uma média dessas médias. Para uma amostra estatística aleatória, com certeza o resultado será bem próximo de 20%, para mais ou para menos. Nos meus estudos, esse cálculo geraria o seguinte resultado: 20,02. Seria uma distribuição normal.

      Ocorre que o valor a ser utilizado para essa análise não pode ser a média simples de todos os cenários existentes, mas o retorno final de cada um dos cenários, analisados ano a ano. Esse cálculo é que vai dizer se a carteira foi ou não vitoriosa e não a média.

      A título de exemplo, vamos imaginar o rendimento de uma carteira durante 8 anos, tendo sempre um rendimento positivo de 120% em um ano e de -80% no ano seguinte, durante todo esse período. O capital inicial sendo $ 100, no primeiro ano ele teria um acúmulo de $ 220, no segundo ano $ 44,00, no terceiro ano $ 96,80, no quarto ano $ 19,36, no quinto ano $ 42,59, no sexto ano $ 8,51, se sétimo ano $ 18,74 e no oitavo ano $ 3,74.

      Esse exemplo seria praticamente impossível de acontecer e não foi isso que o meu estudo fez, pois eu utilizei a função ALEATÓRIOENTRE do Excel. Ele serve apenas para demonstrar qual seria o comportamento da carteira. Vamos analisar o resultado. O retorno percentual da carteira, analisando apenas a média simples dos retornos anuais é de 20% ao ano. Ótimo?! Não, pois o patrimônio da carteira foi derretido para apenas 3,74% do seu valor inicial.

      Outro exemplo: para uma carteira balanceada 50% em renda fixa e 50% em renda variável, sendo a renda fixa com resultado constante de 8% ao ano e fazendo um rebalanceamento anual simples (independente da composição da carteira no momento), teríamos o seguinte comportamento para o mesmo período de 8 anos: Iniciando com o mesmo capital de $ 100, no primeiro ano ele teria um acúmulo de $ 164, no segundo ano $ 104,96, no terceiro ano $ 172,13, no quarto ano $ 110,16, no quinto ano $ 180,67, no sexto ano $ 115,63, se sétimo ano $ 189,63 e no oitavo ano $ 121,36.

      Esse segundo exemplo demonstra que mesmo para uma carteira balanceada existem riscos e o rendimento ficou abaixo da renda fixa. Entretanto, comparando com a alocação 100% em ações, observa-se que a diferença foi gritante. O investidor não viu o seu patrimônio dilapidado e terá a oportunidade de continuar no mercado.

      Por isso, eu posso afirmar: de acordo com a metodologia da pesquisa, com os 16.383 cenários diferentes, analisados ano a ano os resultados de cada carteira, que das carteiras alocadas 100% em ações apenas 46,21% (7.572 carteiras) conseguiram retorno superior à renda fixa, enquanto das carteiras balanceadas 78,17% (12.807 carteiras) conseguiram um retorno superior.

      Breno Medeiros

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    3. Breno,

      seu exemplo de 8 anos significam OITO PONTOS e de uma maneira isolada! Não pode considerar uma distribuição normal MESMO neste caso! Teria que utilizar um t de Student, por exemplo, para avaliar o intervalo de confiança.

      Como eu já coloquei no meu artigo seguinte, as ações NÃO seguem uma Distribuição Normal, no entanto a sua simulação segue SIM, pois a função que vc está utilizando no Excel gera números aleatórios que seguem uma normal.

      Eu falei que a média dos seus retornos estaria em torno de 20%aa e vc disse que foi 20,02%.

      Pode verificar que o desvio padrão também estará em torno de 26-33,33% a.a.!

      De qualquer forma, vc ainda nos casos dos 78% que deram certo, pode ter certeza que os 46,21% da renda variável estão incluídos, ou seja, a Renda Variável está respondendo pela maioria dos ganhos e não é o método do balanceamento, sacou???

      É isso que vc ainda não viuuuuuuuuu

      Excluir
    4. Dimarcinho,

      A distribuição dos meus estudos, principalmente o terceiro estudo se aproxima muito de uma distribuição exponencial.

      Veja alguns dados

      Segundo Estudo (16.383 carteiras alocadas 100% em ações):
      Acúmulo percentual médio: 24.384,01
      Acúmulo percentual mediano: 233,16

      Terceiro Estudo (16.383 carteiras balanceadas 50% em renda fixa e 50% em ações)
      Acúmulo percentual médio: 3.037,11
      Acúmulo percentual mediano: 1029,64

      Como eu já havia dito antes, o acúmulo percentual médio das carteiras alocadas 100% em ações é 8 vezes maior que as carteiras balanceadas, o problema é que a mediana demonstra que menos da metade dos investidos 100% em ações vai conseguir superar nem a renda fixa (seria um acúmulo de 324,33).

      Pense um pouquinho, Dimarcinho, por esses dados você já vai perceber que não é uma distribuição normal, ela é assimétrica para a esquerda.

      Breno Medeiros

      Excluir
    5. Breno,

      o ACUMULADO, ou seja, o retorno final, deve dar mais ou menos uma log-normal.

      Mas o INDIVIDUAL (ou seja, de CADA ANO) é uma Distribuição Normal.

      Entendeu? E, havia falado desvio padrão entre 26-33, mas na verdade vai ser o dobro disso, ou seja, entre 52-66

      []s!

      Excluir
  29. Breno,

    Não entrarei no mérito dos seus "estudos", visto que isso seria uma discussão sobre a validade ou não da teoria dos mercados eficientes.

    E além disso, isto se seguiria a uma outra discussão sobre a validade se é real ou não de que "no LP o mercado ações sempre tende a subir".

    Estou somente querendo entender aquilo que é mais óbvio e mais concreto de constatar:

    1) vc escreveu: "Eu poderia dizer que através da Alocação de Ativos você poderia ter um retorno possivelmente menor (não necessariamente menor, muito menos PIOR como você diz), mas o risco, sim, é consideravelmente menor (não PIOR)."

    O risco quando incluída a classe de ativos RV, não é algo sujeito entre o (0) zero e (+) Xvalor. Mas sim algo sujeito entre (-)Yvalor e (+) Xvalor: variância.

    Portanto insisto que vc tem a visão do otimista quando afirma: "retorno possivelmente menor e risco consideravelmente menor". O que vc pratica é tão somente diluir o risco; e não diminuí-lo, controlá-lo ou prevê-lo. Seria algo entre afirmar que é "muito menos pior" somente perder as calças do que perder as calcas e a camisa.

    2) Vc peca por sempre usar como benchmark pra suas conclusões e argumentos a RV (ibov).

    3) E agora eu fiquei assustado de verdade: eu fui generoso quando gerei uma hipotética carteira com 50% RF e 50% RV.

    Porque dentro da sua sugestão de somente 30% em RV, aí sim, que fica muito, mas muito mais complicado (assustador) pra se alcançar 15% de retorno numa alocação desse genero. Neste caso seria necessário que os 30% em RV rendessem constantes 31% (1,08 70% em RF e 1,31 em 30% RV) todo ano.

    Ou seja uma rentabilidade dessas acima até da sua proposta de 20 anos rendendo 25% aa.O que em tese seria possível alcançar em RV - sem aumentar a alocação nessa classe de ativo - somente através de exposição a MAIS RISCO (alavancagem, por exemplo)

    Resumindo: o que vc propõe como "alocação", pra se ter uma rentabilidade compensatória acima da RF, necessariamente, então terá que aumentar a exposição em risco em RV (sem aumentar a alocação) em valores acima mesmo do que vc acha que o ibov pode rentabilizar para os proximos 20 anos.

    EM TEMPO: o que vc e parece que o autor do tal ebook chamam de "alocação", nada mais é que a óbvia "diversificação" (não coloquem todos os ovos na mesma cesta!); vcs só diluem de forma passiva os riscos inerente ao mercado de ações e mais nada! Em nehum momento avaliam a relação risco x retorno pra tentar avaliar a viabilidade dos seus objetivos como os tais 15% a.a.(ou como vc disse: ficar rico!). Somente repetem bordões e clichês copiados de fóruns de internet: "o que está em jogo é acumular e preservar a riqueza."

    "acumular riqueza" é poupar (gastar menos do que ganha)
    "preservar riqueza" é caderneta de poupança (ou qualquer outra taxa livre de risco proxima a inflação)

    Agora, buscar um "plus" acima disso no mercado é outra história.

    "Alocação" como teoria e veículo, acredite, é outra coisa! Minha experiência lendo o que vcs inventam pela web me diz que é melhor não tentar explicar, porque quanto mais tosco e evidente essas aberrações, mais curta será a vida dessas teorias mal copiadas de outras teorias e que são perigosamente expostas a incautos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Anônimo,

      minha ideia de alocação é totalmente diferente também.

      Pegando UM exemplo: de 10 anos pra cá, o dólar basicamente só caiu.

      Ao meu ver, ele já deveria estar fora da carteira há muito tempo, mas colocando a carteira no piloto automático e fazendo os rebalanceamentos, ele estaria arrastando prejuízos até hoje...

      Grande abraço

      Excluir
  30. Senhor “Anônimo”,

    Não estou discutindo “mercados eficientes”, estou fazendo simulações. O cenário proposto traz um mercado que tende a subir no longo prazo e mesmo assim mais da metade dos investidos 100% em ações, segundo a metodologia da pesquisa, vai perder para a renda fixa.

    Quando você faz o balanceamento e o rebalanceamento da carteira, principalmente quando esta carteira está diversificada em cada uma das classes (RF, FII e Ações), o risco relacionado à renda variável diminui muito e os resultados em relação à renda fixa tendem a melhorar também.

    Veja o exemplo que propus e que no momento não havia nem feito os cálculos exatos, pois havia tirado a título de exemplo, mas vamos aos cálculos: havia proposto um investimento de um pouco mais de R$ 1.500 por mês (vamos fechar esse valor em R$ 1.550). Uma carteira balanceada 70% em renda fixa (rendendo 10% ao ano) e 30% em renda variável (rendendo 25% ao ano) gera um retorno de 14,5% no ano. Se você repetir esse retorno durante os vinte anos e fizer um simples rebalanceamento anual já teria acumulado mais que os R$ 2 milhões que falei. A idéia era para simplesmente demonstrar que não se faz necessário vencer os 25% ao ano do mercado para se obter um sucesso financeiro. Agora não adianta você querer ficar discutindo este exemplo, pois foi apenas um exemplo, se quisesse discutir, teria que ser a pesquisa.

    É muito fácil criticar a Alocação de Ativos quando o mercado está em alta. Agora se você tiver um prejuízo de 50% no mercado de ações, vai precisar de um retorno positivo de 100% para voltar ao patamar inicial. Da mesma forma que o rebalanceamento periódico limita os ganhos como você mesmo defende, ele vai limitar as perdas. Mas os rendimentos da carteira nunca serão uma média da renda variável já que a parte referente à renda fixa tende a ser sempre um valor positivo. É a renda fixa que vai possibilitar ao investidor que segue o método da Alocação de Ativos a não ter essa queda de 50% citada acima.

    Estou verificando um certo rancor nesse último comentário, por isso, não pretendo continuar debatendo o assunto.

    Cada um deveria ter consciência do risco que está disposta a correr. Muitos investidores não têm a exata noção disso. De qualquer forma, boa sorte a todos!!!

    Breno Medeiros

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  31. Só gostaria de acrescentar mais uma cosita:

    "...a parte referente à renda fixa tende a ser sempre um valor positivo. É a renda fixa que vai possibilitar ao investidor que segue o método da Alocação de Ativos a não ter essa queda de 50% citada acima."

    Percebe-se que vc é bem experiente, rs.

    Que o longo prazo não lhe seja muito doloroso, são os meus votos.

    Anônimo Rancoroso

    ResponderExcluir
  32. Bom, eu fiz uns novos estudos com dólar e ouro agora; os dados de FII que possuo são muito recentes e as simulações que fiz foram desde jan-2001 até dez-2011.

    Seguindo a ideia do livro do HC agora, fiz 3 carteiras:

    Conservadora: 60% CDI, 30% IBOV, 5% DÓLAR, 5% OURO
    Moderada====: 45% CDI, 45% IBOV, 5% DÓLAR, 5% OURO
    Agressiva===: 30% CDI, 60% IBOV, 5% DÓLAR, 5% OURO

    O rebalanceamento foi mensal (quando houve, obviamente)

    Retornos obtidos (anualizados):

    CDI =============: 14,94%
    IBOV ============: 12,68%
    DÓLAR ===========: -0,58%
    OURO ============: 18,21%
    Conservadora ====: 14,76%
    Moderada ========: 14,76%
    Agressiva =======: 14,38%

    Pelo menos por enquanto, não vou postar por aqui os gráficos e tudo mais pois as conclusões são simplesmente as mesmas!

    No próximo post sobre o assunto eu disponibilizo a tabela, aí todos podem brincar com ela! =)

    ResponderExcluir
  33. dimarcinho on 2012-abril-12 disse:

    Leitão,

    Dá uma olhada nisso:
    VALE5

    Como pode uma blue chip no nível da Vale estar assim?

    As notícias realmente superam, no curto prazo, os resultados das empresas.

    Ainda bem que somos guiados por resultados e não por notícias.

    Notícias, quando muito, só pra especular um pouquinho! Prefiro gráficos! hehe

    Escrevi um artigo sobre Asset Allocation no meu blog. O que vc acha do assunto?

    Grande abraço!


    Leitão on 2012-abril-12 disse:

    Oi Dimarcinho!

    Links nos posts ficam presos no sistema anti-span do blog, por isso são retirados…

    Sobre a Vale, não só ela, mas várias outras empresas de qualidade estão sub-avalidadas… É assim mesmo, a massa não enxerga… O que é ótimo!

    Sobre “Asset Allocation” – Não gosto de termos “ingleisados” pois só servem para dificultar o entendimento e dar aura de sabedoria algo que é simples…

    Estratégia de Alocação de Recursos, esse sim é um termo melhor, mais simples e inteligível.

    A questão do balanceamento de carteira e também entre investimentos diversos é vital mesmo. Devemos sempre manter recursos corretamente alocados em Ações, Renda Fixa e outros como imóveis, por exemplo… Tudo dentro de uma Estratégia inteligente… Nada complicado, mas inteligente. Por aqui não consigo explicar tudo…

    Um abraço!
    Leitão


    ... Gostei da pergunta e da resposta

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Anônimo,

      o que é uma verdadeira alocação?

      Por exemplo, investir em empresas boas e em renda fixa. Quando o mercado apresenta oportunidades, vc vai lá e tira o dinheiro da RF e compra ações.

      Não é ficar usando médias e diversificar entre 1 trilhão de ativos....

      Excluir
  34. Bom dia dimarcinho.

    Tenho acompanhado a salutar discussão de vcs e, particularmente concordo com vc!

    Se a LP o mercado de RV tende a se valorizar, torna-se irrelevante a AA se o objetivo é ficar rico! Caso contrário, investiria apenas no Índice.

    Mas tenho uma pergunta meio q de iniciante, tentando or em prática seu conselho:

    "Por exemplo, investir em empresas boas e em renda fixa. Quando o mercado apresenta oportunidades, vc vai lá e tira o dinheiro da RF e compra ações."

    Qual tipo de RF comprar agora, tendo em vista q a taxa Selic está em 7,5% a.a., e q eu tenha a facilidade de vender qdo a RV for mais atraente?

    Att, João. (abencoado75@yahoo.com.br)

    Obrigado.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fala, João!

      Bom, renda fixa não é muito a minha praia, mas a melhor maneira de investir em Renda Fixa é através do Tesouro Direto. Lá as taxas podem chegar a zero.

      Grande abraço!

      Excluir
  35. Mais uma pergunta q não quer calar:

    Como tb selecionar papeis sobrevalorizados atualmente?

    Obrigado.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, ros!

      Esta é pergunta de 1 milhão de reais! kkkkkkk

      Existem alguns métodos de precificação de ações. O que Warren Buffet utilizar é o Método do Fluxo de Caixa Descontado, que nada mais é do que fazer um VPL da ação.

      Estou para escrever isso aqui no blog, mas tenho muita coisa pra escrever e pouco tempo! hehehe

      Grande abraço!

      Excluir
  36. Há que se ter uma noção entre o que é POUPANÇA e o que é INVESTIMENTO. A poupança deve ser o recurso disponível, aplicado consevadoramente, para atender às emergências que podem ocorrer. O investimento é a parcela do capital que utilizamos para construir riqueza e independência financeira.

    Infelizmente, nesta categoria não há garantia nenhuma de que ao final atingiremos nosso objetivo. Como este risco é inerente a qualquer categoria de investimento, acredito que a alocação, desde que bem efetuada, é um instrumento válido para reduzir a exposição ao risco (volatilidade) sem haver um prejuízo substancial do retorno.

    Fazer rebalacenamento é útil pois reforça uma qualidade imprescindível ao sucesso do investidor de longo prazo que é a prudência.

    Desta forma, pode-se reduzir gradativamente a parcela de capital investida em ativos mais voláteis para outros mais conservadores visando preservar a riqueza acumulada (com sacrifíco de consumo) ao longo de vários anos.

    ResponderExcluir
  37. Di Marcinho,

    Legal o estudo. Também já fiz alguns mais simples.

    Quando é dito que a ideia é diversificar seus investimentos com o objetivo de aumentar o retorno e diminuir o risco, entendo que é possível obter um retorno maior com risco iguais. Isso não significa bater o IBOV. Significa que um investidor que vai ter risco X com retorno Y e outro vai ter o mesmo risco com um retorno maior que Y.

    Quando você compara o resultado com o IBOV, não compara em termos de risco. Para afirmar que o método não funciona, entendo que teria que montar um carteira de risco igual ao IBOV e comparar os retornos.

    Abraços,
    Sir Income

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fala Sir. Income,

      qdo vc fala risco refere-se à volatilidade? Pois bem, é aí que mora o problema...

      Como disse acima, a verdade é que todos tendem a colocar estatística num processo que não é aleatório, mas está ligado aos resultados das empresas e ao cenário macroeconômico.

      []s!

      Excluir
    2. dimarcinho,

      Sim, risco igual a volatilidade.

      Peguemos um exemplo:

      Se, na metade de um determinado campeonato, um time X está na frente, você provavelmente diria que esse time tem mais chances de ganhar. Afinal, o título depende da habilidade do técnico e jogadores. Mas problemas acontecem. Claro que esse time dificilmente chegaria na lanterna, mas sempre existe esta possibilidade.

      O resultado está ligado a habilidade e resultado do time, mas sempre existe a possibilidade do artilheiro ter um acidente fatal. Esse tipo de evento é imprevisível.

      Acredito que a analogia seja a mesma para as empresas. Quantas empresas tiveram problemas porque o presidente saiu? Ou pela saída de funcionários que resolveram abrir um concorrente?

      Claro que você pode monitorar a empresa e sair quando descobrir que algo afetou drasticamente a empresa. Mas a maioria das pessoas não tem esse perfil e outras não tem o tempo necessário. E até gestores de fundos erram.

      Não sei se posso dizer que os resultados sejam aleatórios, mas certamente eventos (riscos) aleatórios mudam os resultados.

      Abraços,
      Sir Income

      Excluir
    3. Fala, Sir Income,

      pois então, risco está longe de ser volatilidade. Volatilidade é uma ponta do risco. Os resultados estão LONGE de ser aleatórios.

      Vc deu um exemplo MUITO ruim. No futebol, são muito poucas peças que influenciam os resultados e qq mudança cria muita diferença nos resultados.

      No entanto, vou lhe dar um exemplo mais próximo do mercado de ações: imagine uma turma estudando para o vestibular.

      Vc iria 'apostar' nos alunos com maiores notas (ou seja, aqueles que já mostraram bons resultados nas provas) ou aqueles que possuem notas baixas?

      É claro que os bons alunos podem sofrer acidentes, morrer, ficar incapacitados ou ainda as boas notas podem ser resultados de colas. Já os alunos ruins, pode ser que haja algum gêniozinho que está simplesmente não ligando para o 'treinamento'.

      Mas uma coisa é fato: vc obterá melhor resultado se sempre apostar nos estudiosos.

      Pode acontecer algo errado? Com certeza! Mas a probabilidade de sair algo errado com os estudiosos é MUITO MENOR do que a probabilidade de algum aluno ruim passar !!!!!!!!

      E com empresas é parecido: vc irá investir nas empresas que são lucrativas e já atravessaram diversas crises e continuaram sendo lucrativas ou vai investir naquelas com vários prejuízos, lucros extremamente voláteis e tudo mais?

      Não há nada mais simples do que isso.

      Excluir
    4. Dimarcinho,

      Concordo com você no quesito de escolher os melhores.

      No entanto, veja que, na sua simulação, você tentou bater o IBOV e a renda fixa usando IBOV e renda fixa. A minha crítica (no sentido positivo) é que você não pegou o conjunto de melhores empresas do IBOV, de preferência com volatilidade igual ao IBOV, para bater o IBOV e a renda fixa.

      Mesmo na sua simulação, você simula todo o mercado para bater o mercado. Você percebe a incoerência?

      Eu vejo a alocação de ativos como uma forma de suavizar o retorno geral da carteira. Já para bater o mercado, só fazendo as melhores escolhas de ativos.

      Abraços,
      Sir Income

      Excluir
    5. Sir Income,

      minha simulação é baseada no método de alocação que sugere investir nos ETF's que replicam o IBOV e por isso usei estes dados.

      Não estou sendo incoerente. Quero justamente mostrar que isso não dá certo...

      E já fiz este estudo de IBOV x Empresas boas do IBOV e tb fiz com SMLL11 x Empresas boas do SML11, aki mesmo no blog, só procurar...

      []s!

      Excluir

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