Continuando o artigo que comecei aqui.
Lembrando sobre os agentes superavitários e
deficitários, podemos chegar na seguinte situação: alguém (ou uma empresa) tem
uma idéia, possui know-how e tudo mais para abrir um negócio bem lucrativo, no
entanto, não possui dinheiro para dar o pontapé inicial. Bom, isso é muito
comum, não é verdade?
Mas eu estou falando de MUITO, mas MUITO
dinheiro. Por exemplo, que tal extrair petróleo para vender? Todo mundo sabe
que é super lucrativo, mas como fazer sem dinheiro? Os investimentos
necessários para tal estão na casa dos bilhões.
Daí então, a empresa e vai ao mercado e emite
ações. As pessoas que comprarem as ações estarão comprando uma participação
como donos da empresa e, conseqüentemente, nos lucros da empresa, para sempre! Ou seja, a
empresa junta o capital necessário para iniciar o negócio e reparte os lucros
futuros da operação com os acionistas (aqueles que compraram as ações
inicialmente).
Acontece que as pessoas foram notando que ser
dono é muito bom. O lucro repartido entre os acionistas, dividendos como são
chamados, se tornaram uma excelente fonte de renda para aqueles que investiram
uma boa grana. E com a empresa crescendo e aumentando o lucro, a renda era cada
vez MAIOR. Diferente do velho esquema de renda fixa, onde os juros eram fixos.
E dessa maneira, começaram a surgir modelos de
precificação de uma ação. Se uma ação paga algo em torno de 0,10 por ano,
podemos dizer, grosso modo, que num horizonte de 5 anos, se eu comprar ela hoje
por 0,50, provavelmente estarei pagando barato, visto que vou esperar que os 10
cents aumentem ao longo dos cinco anos.
Assim sendo, as ações começaram a ter valor e,
por conseqüência de mercado, começaram a circular, para pagar dívidas, presentes,
herança, etc. Um acionista antenado que percebesse que sua empresa está
caminhando para falência, poderia vender logo essa ação para algum desavisado
(sim, o mercado é cruel). Assim, ele garantiria sua grana hoje ao invés da
ausência de dividendos no futuro.
E assim foi, até um ponto que o Mercado de Ações
ficou evoluído e é isso que temos hoje.
O problema é que quase ninguém analisa o mercado
como deve. Engraçado como a maioria só analisa os preços e oscilação dos preços
das ações. Poucos são aqueles que olham para os DIVIDENDOS das ações. É o mesmo
caso do McDonald’s que citei anteriormente.
É necessário analisar o lucro da empresa, o
crescimento deste lucro e fazer o mesmo para os dividendos. O valor da ação
será CONSEQUÊNCIA disso.
E faz muito sentido. Mas o Sr. Mercado é
totalmente ilógico. Há casos que a empresa anunciou falência e sua cotação
disparou, subiu vertiginosamente. Isso não faz sentido algum, é pura
especulação. Quem sabe brincar disso, ganha muito dinheiro, mas também pode
perder muito. Mas normalmente quem perde são os desavisados, os atrasados e os
iludidos pelo ganho fácil.
Mas, voltando a historinha do Mercado de Ações
percebemos que ele foi criado para que todos pudessem aproveitar da renda de um
negócio.
Empresas são feitas com uma única exclusividade:
gerar lucro! Assim sendo, creio que você gostaria de ser dono de qualquer
empresa que desse lucro, correto? Visto que o lucro seria seu...
Ou seja, quando você compra ações, deveria estar
pensando em receber os lucros dessa empresa e não esperar subir X% para vender
logo em seguida!
Mas nunca se esqueça: quando você compra uma
ação, está comprando uma empresa!
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