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terça-feira, 27 de março de 2012

A essência do Mercado de Ações – Parte 2/2


Continuando o artigo que comecei aqui.
Lembrando sobre os agentes superavitários e deficitários, podemos chegar na seguinte situação: alguém (ou uma empresa) tem uma idéia, possui know-how e tudo mais para abrir um negócio bem lucrativo, no entanto, não possui dinheiro para dar o pontapé inicial. Bom, isso é muito comum, não é verdade?
Mas eu estou falando de MUITO, mas MUITO dinheiro. Por exemplo, que tal extrair petróleo para vender? Todo mundo sabe que é super lucrativo, mas como fazer sem dinheiro? Os investimentos necessários para tal estão na casa dos bilhões.
Daí então, a empresa e vai ao mercado e emite ações. As pessoas que comprarem as ações estarão comprando uma participação como donos da empresa e, conseqüentemente,  nos lucros da empresa, para sempre! Ou seja, a empresa junta o capital necessário para iniciar o negócio e reparte os lucros futuros da operação com os acionistas (aqueles que compraram as ações inicialmente).
Acontece que as pessoas foram notando que ser dono é muito bom. O lucro repartido entre os acionistas, dividendos como são chamados, se tornaram uma excelente fonte de renda para aqueles que investiram uma boa grana. E com a empresa crescendo e aumentando o lucro, a renda era cada vez MAIOR. Diferente do velho esquema de renda fixa, onde os juros eram fixos.
E dessa maneira, começaram a surgir modelos de precificação de uma ação. Se uma ação paga algo em torno de 0,10 por ano, podemos dizer, grosso modo, que num horizonte de 5 anos, se eu comprar ela hoje por 0,50, provavelmente estarei pagando barato, visto que vou esperar que os 10 cents aumentem ao longo dos cinco anos.
Assim sendo, as ações começaram a ter valor e, por conseqüência de mercado, começaram a circular, para pagar dívidas, presentes, herança, etc. Um acionista antenado que percebesse que sua empresa está caminhando para falência, poderia vender logo essa ação para algum desavisado (sim, o mercado é cruel). Assim, ele garantiria sua grana hoje ao invés da ausência de dividendos no futuro.
E assim foi, até um ponto que o Mercado de Ações ficou evoluído e é isso que temos hoje.
O problema é que quase ninguém analisa o mercado como deve. Engraçado como a maioria só analisa os preços e oscilação dos preços das ações. Poucos são aqueles que olham para os DIVIDENDOS das ações. É o mesmo caso do McDonald’s que citei anteriormente.
É necessário analisar o lucro da empresa, o crescimento deste lucro e fazer o mesmo para os dividendos. O valor da ação será CONSEQUÊNCIA disso.
E faz muito sentido. Mas o Sr. Mercado é totalmente ilógico. Há casos que a empresa anunciou falência e sua cotação disparou, subiu vertiginosamente. Isso não faz sentido algum, é pura especulação. Quem sabe brincar disso, ganha muito dinheiro, mas também pode perder muito. Mas normalmente quem perde são os desavisados, os atrasados e os iludidos pelo ganho fácil.
Mas, voltando a historinha do Mercado de Ações percebemos que ele foi criado para que todos pudessem aproveitar da renda de um negócio.
Empresas são feitas com uma única exclusividade: gerar lucro! Assim sendo, creio que você gostaria de ser dono de qualquer empresa que desse lucro, correto? Visto que o lucro seria seu...
Ou seja, quando você compra ações, deveria estar pensando em receber os lucros dessa empresa e não esperar subir X% para vender logo em seguida!

Mas nunca se esqueça: quando você compra uma ação, está comprando uma empresa!

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